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Rostos da Semana – Barreiro
Augusto António Cabrita : uma visão estruturante sobre a obra do Mestre

Rostos da Semana – Barreiro<br />
Augusto António Cabrita : uma visão estruturante sobre a obra do Mestre A exposição «100 anos de Augusto Cabrita – UM OLHAR INÉDITO», que está patente ao público até ao próximo dia 16 de março, no AMAC, tem a Curadoria de Augusto António Cabrita, neto do Mestre, um apaixonado da obra do seu avô, quer como fotógrafo, quer como cineasta.
Augusto António Cabrita, merecidamente recebe o reconhecimento de Rosto da Semana.

A exposição de cerca de 130 fotografias do Mestre Augusto Cabrita permite uma viagem por dentro da sua obra fotográfica.
O seu neto está de parabéns, pelas suas escolhas, pela sua intervenção na cerimónia de abertura, pelo amor à obra do seu avô e, acima de tudo, por ser exigente, muito exigente, e, positivamente exigente, sobre a necessidade de se sentir e pensar, olhar e reflectir para obra de Augusto Cabrita, na sua diversidade, na sua dimensão estética, cultural, antropológica, ambiental, em suma humanista.
Na realidade Augusto António Cabrita, tem toda a razão quando afirma a importância de, a propósito da celebração do centenário do Mestre Augusto Cabrita, ser esta uma oportunidade para dar projecção à sua obra, quer ao nível local e regional, mas também ao nível nacional.
Que seja estudada pela Academia. Que seja divulgada no contexto da história da fotografia e do cinema.
Na verdade, Augusto António Cabrita, tem vindo a desenvolver uma visão interpretativa sobre o trabalho do seu avô, alertando para as suas características inéditas, criativas, as quias devem ser objecto de estudos interpretativos ao nível do estudo da fotografia e pela Academia.
Ou seja, é preciso desenvolver uma ampla reflexão teórica sobre a obra de Augusto Cabrita.
Augusto Cabrita é um fotógrafo que pode ser motivo de estudo no plano cultural, ambiental, industrial, urbano, antropológico, publicitário, jornalístico, literário. Ele é um poeta da fotografia que coloca o ser humano no centro da sua objectiva.

Esta exposição que está patente no AMAC pode ser, sem dúvida o leit motiv ( uma expressão que o Mestre gostava muito de utilizar), para abrir novos horizontes no pensar e sentir a obra fotográfica e cinematográfica de Augusto Cabrita, no Barreiro, em Portugal e no mundo.
Augusto Cabrita não é uma marca do Barreiro, porque não é produto, para vender como souvenir.
Augusto Cabrita é um criador do belo, um homem que viveu, com simplicidade, pureza, despido de ideais de riquezas, apenas vivia para a amar a fotografia e o cinema, que estava no seu olhar e no seu coração.
Augusto Cabrita é um artista, que com o seu trabalho inscreveu, no Barreiro, a marca da sua paixão – a fotografia – isso sim, essa sim é uma marca, que está inscrita na história cultural do Barreiro e que, na verdade, o Mestre deu um contributo, único, para se inscrever no Barreiro, ao ter colocado, com o seu trabalho, o Barreiro na Rota Mundial da Fotografia.
Esse potencial, sim esse, é que deve ser uma marca do Barreiro.
Assim, saiba o Barreiro aproveitar essa potencialidade, com estratégia, com visão cultural e reflectir sobre as palavras de Augusto António Cabrita, seu neto, que está, plenamente, empenhado em dinamizar esse pensamento estruturante acerca dessa dimensão supra geográfica, estética e cultural da obra do seu avô.
É, por tudo isso, e, naturalmente, pela magnifica exposição, com a sua Curadoria, aqui fica o reconhecimento como Rosto da Semana.

António Sousa Pereira

05.11.2023 - 18:32

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