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Nota do Dia
As marcas do terramoto de 1755 no concelho do Barreiro

Nota do Dia <br />
As marcas do terramoto de 1755 no concelho do Barreiro Ontem a terra tremeu. As conversas nas ruas, nos cafés, nos transportes públicos, repetem-se: Sentiste? E trocam-se palavras relatando as experiências vividas.
Depois, outros recordam outras situações, uma das mais recentes no ano de 1969, mas a comunicação social faz história e o trágico terramoto de 1755, é recordado.

É a propósito do Terramoto que ocorreu no dia 1 de Novembro de 1755, que causou a destruição quase completa da cidade de Lisboa, que, hoje escrevo esta Nota do Dia.

Na verdade, no território do concelho do Barreiro existe, ainda, nos tempos de hoje, presente uma marca dessa tragédia que abalou Portugal, as ruínas da antiga Igreja Matriz da Freguesia de Coina - Igreja do Salvador do Mundo, que, também, foi destruída pelo terramoto de 1755.

Aquelas ruínas, ali, em Coina, perto do Centro de Saúde e de uma Escola do Ensino Básico, é, um património único, talvez das poucas memórias que restam, na margem sul, sobre os efeitos nefastos dessa tragédia, que marcou a vida de Portugal e, é, também, uma referência na cultura europeia.
Aquela torre da Igreja Igreja do Salvador do Mundo, é uma património do concelho do Barreiro, e da memória colectiva de Portugal.

As ruínas da Igreja do Salvador do Mundo, em Coina, são, das poucas referências «reais», observáveis, na Área Metropolitana de Lisboa, para reviver os feitos do terramoto de 1755.
Já, por várias vezes, há mais de uma década, que venho escrever sobre a importância de preservar aquelas ruínas, valorizando-as com um amplo arranjo do espaço envolvente.
Dizia-me, um dia Augusto Cabrita, ali, parados a olharmos para aquela torre em ruínas, conversámos sobre a grande beleza que estava inscrita naquele lugar, dizia-me : “Que bela praça pública aqui podia nascer”, pois, embelezando o lugar e valorizando a história e a memória da comunidade.

Também, nos dias que andei pela Protecção Civil, sonhei e acho que até o escrevi, pelas páginas do Jornal do Barreiro, como naquele local podia ser instalado, na sua proximidade, um Centro de Interpretação sobre a Cultura da Protecção Civil, com materiais multimédia, para ser visitado por alunos de escolas e população, sobre prevenção, sobre terramotos, fogos, catástrofes, fenómenos naturais ou acidentes sociais.

Enfim, um espaço aberto ao Barreiro e à região, sobre cultura de Protecção Civil, num concelho com indústrias de seveso.
A torre histórica era, afinal. o lugar âncora. Enfim, sonhos.
Tudo isto ocorreu-me à memória a propósito das conversas de hoje e do sismo de ontem.

António Sousa Pereira
TE – 180
Equiparado a Jornalista

27.08.2024 - 22:37

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