inferências
A(nota)mento – Barreiro
«Mund Art» marca o novo ano lectivo do Colégio Minerva
No dia que marcou a abertura do ano, fui convidado, como Director do jornal “Rostos”, para num encontro com alunos falar dos contributos da comunicação local na divulgação das actividades artísticas e culturais.
Tudo surgiu a propósito de uma conversa sobre a obra de Kira, um artista plástico que é uma referência na vida cultural do concelho.
Quando entre no Colégio Minerva, foi com grande satisfação que, observei, no Hall de entrada, uma exposição com obras de Kira e outros artistas barreirenses, obras que são pertença de coleções particulares.
A professora, Inês Vasques, que conversou comigo sobre a minha participação no dia da aos recepção aos alunos, no começo de ano, e, suas colegas foram de imensa simpatia e colocaram-me à vontade para falar sobre o jornalismo local, as artes e a vida da cidade.
Era uma conversa com os alunos, duas turmas do 9º ano, um pouco sobre o jornal Rostos, e, de que forma promove a arte/projetos/cultura na cidade do Barreiro, bem como os artistas que se destacaram ou têm vindo a destacar-se na vida cidade.
E pronto, parti para a conversa, a olhar aqueles rostos de rapazes e raparigas, sorridentes, com a vida a fluir nos seus olhos. Falar do Barreiro entusiasma-me. Não é a minha terra, mas é a terra dos meus filhos e neta.
Recordei que o jornal Rostos, desde a primeira hora, tem um lema central – Damos rostos à cidade! Porque uma cidade é feita de rostos, de muitos rostos.
E, referi que esta cidade tem nomes inscritos na sua história e na história do nosso país, em diferentes áreas. Foi uma conversa de improviso, sem nada previamente estruturado, apenas uns nomes.
Comecei por recordar a “Canção do Mar”, cantada por Amália Rodrigues , Dulce Pontes, uma música conhecida internacionalmente, que foi uma criação de um barreirense – Ferrer Trindade.
Falei de Natércia Couto, do Lavradio, concelho do Barreiro, aquela que foi a primeira Maestrina de Portugal.
E a propósito da música salientei que nesta arte, o Barreiro, tem grandes tradições, e, continua a marcar pontos nos dias de hoje. Referi o Coral TAB, a banda de Música do Barreiro, a Camerata Musical do Barreiro, nomes históricos como Dulce Cabrita, Maria Guinot, Maria de Lurdes Resende, Fernando Farinha, ou actuais como Jorge Fernando, Marco Paulo, e tantos mais podia ter referido, até comentei a presença do Ruben, no Super Estrelas, e, escutei um burburinho – eu vi.
Não podia obviamente, deixar de falar de Augusto Cabrita, o grande Mestre da Fotografia e do Cinema. Recordei a frase dele: “A beleza está em todo o lado só temos que descobri-la”. A beleza disse-lhes começa no vosso olhar, no sentir, e, depois de sentir devem pensar. Estar na escola o importante é aprender a pensar, porque aprender a pensar é sermos nós mesmos. Isso é lindo. Comentei que existe no Barreiro, um grupo importante na área da fotografia – Clube de Fotógrafos do Barreiro.
O teatro, outra arte de referência na vida do concelho, com nomes na história como Mário Pereira ou Raquel Maria. E, nos dias de hoje, temos vários grupos em actividade. O Arte Viva. Logo alguém comentou tenho um amigo no Arte Viva. Falei do TEB e do Projéctor. Disse-lhe vão ao teatro. O teatro não existe sem público. O jornal Rostos procura divulgar e acompanhar este trabalho, nomeadamente, com as criticas dos espectáculos. Já davam um livro.
Não esqueci a escultura, recordei as obras do Camarro. Ou a Xilogravura do grande Mestre Manuel Cabanas. E na arquitectura, o nome de Cabeça Padrão, autor do projecto do Estádio Alfredo da Silva.
E, no mundo da escrita, são tantos os nomes com obra realizada, recordei Jorge Teixeira, João Liberal, Fernando Sobral, entre outros, que já partiram, mas, também os que andam por aí, Carlos Alberto Correia, Maria Jorgete Teixeira, Bruno Viera Amaral ou Armando Seixas Ferreira – o meu pai é amigo dele, disse alguém.
As conversas são como as cerejas, e, falei de mim, da minha neta Alice, que um dia deste comentava : O que sai da minha boca, as palavras, primeiro começam na minha cabeça!”.
E, aproveitei, a finalizar para lhes dizer que é isso que fazem os vossos professores, ensinam e ensinar é colocar as ideias, que são o saber, nas vossas cabeças, para depois cada de vocês de descobrirem. Por isso respeitem os vossos professores, amem a escola e amem o Barreiro.
Sabem, do Barreiro, temos a mais bela paisagem do Rio Tejo, sobre Lisboa, dali abraçamos Lisboa. E temos Alburrica, a Mata da Machada, o sapal do Rio Coina, isso, também e mundo da arte, é o nosso património natural.
E, pronto, por aqui fico, neste registo, através do qual de memória, procurei registar aquela manhã, de 13 de setembro, no Colégio Minerva.
Gostei, dos vossos cumprimentos, que foram fazendo à saída da sala, e, guardei dentro de mim os vossos intensos aplausos e sorrisos.
Obrigado!
António Sousa Pereira
TE – 180
Equiparado a Jornalista
23.09.2024 - 12:27
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