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Rosto do Ano 2024 – Área Veterano
Alfredo Matos – exemplo de vida que dignificou a comunidade

Rosto do Ano 2024 – Área Veterano <br />
Alfredo Matos – exemplo de vida que dignificou a comunidade No âmbito da entrega da Distinção Rosto do Ano, anualmente homenageamos personalidades que, pela sua dedicação à comunidade, pelo seu contributo para dignificar o Barreiro, pelo seu exemplo humanista, merecem um justo reconhecimento com exemplo de vida exemplar. A distinção é entregue a Alfredo Rodrigues de Matos.

Alfredo Rodrigues de Matos, nasceu a 22 de julhos de 1934, em S. Pedro do Sul. Veio viver no ano de 1939, e, esta foi a terra que marcou a sua vida. Concluiu o Curso Industrial, o Curso de Guarda-Livros e completou 3º ciclo do Curso Liceal. Como Operário iniciou a sua vida profissional na CUF, depois assumiu a função de Empregado de Escritório.
Despertou para a vida politica. Iniciou a sua actividade no MUD Juvenil. No ano de 1957 foi preso pela PIDE. Em Tribunal Plenário, foi condenado a 18 meses de prisão correcional, seguindo-se mais 3 anos com medidas de segurança. Cumpriu 4 anos e seis meses de prisão nas cadeias do Aljube, no Forte de Caxias e na cadeia da PIDE no Porto.
No ano de 1961, ainda na prisão, aderiu ao Partido Comunista Português. Foi libertado no ano de 1962. E desde então nunca mais parou as sua actividades políticas, na luta contra o regime opressor e na luta pela democracia e liberdade.
Em 1969 fez parte da Comissão Distrital de Setúbal da CDE, participando na campanha eleitoral, e participou na criação do Movimento MDP/CDE, integrando o secretariado nacional.
Voltou a ser preso no ano de 1970. Na cadeia da PIDE no Porto foi interrogado e torturado, sendo depois transferido para Caxias. Neste ano, José Afonso dedicou-lhe um poema «Por Trás Daquela Janela», mais tarde editado no se álbum «Eu Vou Ser Como a Toupeira
Envolveu-se na preparação do III Congresso da Oposição Democrática, realizado em Aveiro, no ano de 1973, onde apresentou a tese «Situação e Perspectivas dos Trabalhadores do Distrito de Setúbal».

Após o 25 de Abril integrou a Comissão Administrativa da Câmara Municipal do Barreiro. Nas primeiras eleições autárquicas em 1976, foi eleito para a Assembleia Municipal do Barreiro. dessa autarquia. Em 1979 foi eleito vereador da Câmara Municipal do Barreiro. Foi presidente dos Serviços Municipalizados da Câmara Municipal do Barreiro até ao ano de 1985.
Sempre activo ou no jornalismo ou no movimento sindical ou associativo. Em 1993, Alfredo Matos recebeu a Medalha de Ouro da Cidade «Barreiro Reconhecido».
“As lutas continuadas da população do Barreiro ao longo da ditadura são património imaterial da nossa memória colectiva da qual o Barreiro se orgulha”, afirmou um dia Alfredo Matos.

Alfredo Matos, um homem que conheceu as prisões, que resistiu, que ao nível do Poder Local desenvolveu um trabalho de excelência, e, com o seu empenho contribuiu para a melhoria da qualidade de vida do concelho, na implementação de serviços urbanos, ou na construção de redes de água e saneamento que, nos anos 70, não existiam em muitas zonas do concelho.

Alfredo Matos, um exemplo de vida, que dignificou a comunidade, que a serviu, merecidamente recebe a distinção Rosto do Ano na área Veterano.

Nota - A distinção «Rostos do Ano» é atribuída anualmente pelo jornal «Rostos», para prestar reconhecimento a entidades ou personalidades que dignificam e valorizam o concelho do Barreiro. A distinção é atribuída com base numa decisão colegial assumida por um colectivo composto por: António Oliveira, jornalista da Lusa; Ana Lourenço Monteiro, ex-Directora do Jornal do Barreiro e António Sousa Pereira, Director do jornal «Rostos».

15.03.2025 - 15:27

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