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Navio vai ser reparado em Almada
Fragata D. Fernando II e Glória acostou em Cacilhas

Navio vai ser reparado em Almada<br>
Fragata D. Fernando II e Glória acostou em Cacilhas A emblemática Fragata D. Fernando II e Glória realizou ontem, 26 de Novembro, pelas 16 horas, a sua acostagem à Doca 2 da Ex Parry & Son, Cacilhas, local onde nos próximos anos será reparada e, a seu tempo, passível de ser visitada.

Ao longo da noite de hoje a doca onde está acostada será fechada, sendo retirada a água e procedendo-se depois ao escoramento da embarcação.

A chegada a Cacilhas do último navio a percorrer a “Carreira da Índia” é o resultado de um protocolo celebrado entre a Câmara Municipal de Almada, a Marinha de Guerra Portuguesa – proprietária da fragata –, e a AGIl Atlântico, SGII SA – proprietária da Doca.

Segundo este protocolo cabe à Câmara de Almada proporcionar todas as condições para a permanência da fragata e à Marinha a sua reparação. Neste sentido a autarquia desenvolveu obras de melhoria da Doca e irá colocar no local “contentores” de apoio à reparação, que incluem espaços para carpintaria.

O navio encontrava-se há alguns anos num local na margem norte do Tejo que não oferecia as melhores condições de docagem. Nos últimos meses permaneceu no Arsenal do Alfeite.

Uma história de “glória”

A Fragata D.Fernando II e Glória foi o último grande navio que os estaleiros do antigo Arsenal Real de Marinha de Damão construíram para a Marinha Portuguesa.

A viagem inaugural, de Goa para Lisboa, teve lugar em 1845, com largada a 2 de Fevereiro e chegada ao Tejo a 4 de Julho. Durante os 33 anos em que navegou, percorreu cerca de 100 mil milhas, correspondentes a quase cinco voltas ao mundo.

No século XX, em meados dos anos 40, não estando já em condições de ser utilizada pela Marinha, iniciou uma nova fase da sua vida, passando a servir como sede da "Obra Social da Fragata D. Fernando", criada para recolher rapazes oriundos de famílias de fracos recursos económicos, que ali recebiam instrução escolar e treino de marinharia.

Em Abril de 1963, foi destruída em grande parte por um incêndio, tendo permanecido ao longo de três décadas “encalhada” no Mar da Palha. Foi depois recuperada, tendo os trabalhos ficado concluídos em 1998, para os quais a Câmara Municipal de Almada contribuiu financeiramente, além de muitas outras entidades.

27.11.2007 - 0:59

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