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Quinta do Texugo – Almada
Moradores criticam abate de árvores para “criar” urbanização privada
Uma nota enviada para a nossa redacção refere que “no dia 31 de Agosto reuniram os moradores da Quinta do Texugo para discutir algumas preocupações sobre o presente e futuro desta urbanização e da freguesia em geral.”
Segundo é salientado “o assunto principal foi o repentino abate de árvores e vegetação desde a área protegida até à Quinta de Santa Teresa (em construção) para urbanização privada num total e 4.000 fogos.
Abate este que incluiu um grande número de pinheiro mansos de algum porte. Para além das óbvias consequências ecológicas e ambientais, este abate foi feito de forma dissimulada e ilegal. Dissimulado porque ocorreu em pleno Agosto (período de férias para a maior parte dos moradores) por forma a evitar contestação. Ilegal porque não foram devida nem previamente colocados avisos; porque os acessos à área de abate não foram previamente vedados, incorrendo em situações de perigo público, e porque os acessos às traseiras dos edifícios foram interditados.
Este abate implicou ainda o fim de garantias feitas a vários moradores aquando da compra dos seus imóveis. A uns, foi-lhes garantido que o pinhal agora dizimado não era zona urbanizável, a outros foi-lhes garantido que esse terreno serviria posteriormente para a construção de equipamentos escolares, nomeadamente uma Escola Secundária (cf Projecto 301/93). "O que nós comprámos aqui não foi o apartamento, foi a mata, a vista…" disse um dos vários moradores indignados a quem foi garantido que a mata se manteria.”
“Apesar da suposta legalidade desta urbanização, o defraudar de expectativas, a criação de mais 4.000 fogos e a não construção de mais equipamentos escolares para as famílias da freguesia da Charneca da Caparica são um atentado à qualidade de vida dos moradores, são a continuação de uma exploração imobiliária desumana que não tem em conta a qualidade de vida das pessoas e cujo único objectivo é o lucro.” – referem os moradores.
Por outro lado, os moradores questionaram ainda a legalidade, desta substituição de projectos sem consulta popular prévia ou outro tipo de informação aos moradores da Charneca.
No final da reunião as representantes do movimento cívico Uma Charneca para as Pessoas apelaram aos moradores que unissem esforços para uma mais eficaz "voz" na resolução dos muitos problemas que cada vez mais afectam os moradores da Freguesia da Charneca da Caparica.
Este apelo, sublinham, “teve uma enorme adesão dos presentes, tendo ficado definidas algumas formas de chamada de atenção para os problemas discutidos.”
3.9.2008 - 13:20
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