opinião
Pela constituição urgente da Polícia Municipal no Barreiro
Ana Beatriz Santos
Barreiro

Um munícipe do Barreiro viu a segurança da sua propriedade ser colocada em causa e dirigiu-se a um posto policial deste concelho. Esse posto policial encontrava-se encerrado e o munícipe regressou a uma casa de fechadura arrombada, tendo posteriormente conseguido apresentar queixa contra desconhecidos.
Num outro dia, outro munícipe do Barreiro sentiu a sua integridade física colocada em causa e pretendeu intervenção policial, dirigindo-se a um posto policial. Esse posto tinha um único elemento de força policial no seu interior que, sendo o único presente, não podia abandonar a esquadra e actuar. O munícipe regressou a casa sem resposta policial adequada.
Podiam ser histórias inventadas, mas são duas histórias reais que me surgiram em contexto profissional e que pertencem a dois barreirenses residentes em freguesias distintas, de níveis económicos, nacionalidades e raças diferentes, mas com um problema comum: são dois munícipes barreirenses que não obtiveram resposta policial adequada a uma situação de risco.
No dia 23 de Fevereiro de 2019, o grupo municipal do PSD viu a sua moção “Pela constituição urgente da Polícia Municipal no Barreiro” ser chumbada em Assembleia Municipal.
Entre acusações absurdas de xenofobia, furtaram-se os demais grupos municipais a discutir o fundamento da moção e a sua génese: a preocupação com a segurança dos munícipes e com o policiamento de proximidade e a necessidade premente de se criarem condições para o município receber adequadamente as novas competências que lhe irão ser transferidas, em menos de dois anos, ao abrigo da nova Lei-Quadro da Transferência de Competências.
O racismo e a xenofobia são doenças sociais que enfraquecem a sociedade e desgastam a moralidade. A intolerância, ignorância e incompreensão que estão na sua base ainda são, após tantos anos e tantas experiências negativas documentadas, uns dos grandes flagelos da humanidade que cabe a todos ir combatendo.
Em contrapartida, nenhum indivíduo, grupo ou etnia podem colocar-se acima ou à margem da lei e das regras da sã convivência.
Todas estas questões devem ser tratadas de forma séria, com o respeito que qualquer ataque à dignidade humana merece, e não utilizadas como meras armas de arremesso sempre que não se pretende debater uma determinada matéria por esta não fazer parte dos planos eleitorais do partido político a que se pertence.
Concluindo, entrego a todos os barreirenses a nossa declaração de interesses, pública, sem censuras e sem falsas polémicas à mistura: o grupo municipal do PSD quer discutir a implementação da Polícia Municipal no Barreiro de forma séria, responsável e centrada naquilo que realmente interessa universalmente a todos os barreirenses - a segurança no nosso concelho, a capacidade de resposta das forças policiais às nossas necessidades e a forma como o Município pode auxiliar na prossecução desses objectivos
Ana Beatriz Santos
Advogada e Deputada Municipal do PSD | Dar Futuro ao Barreiro
20.03.2019 - 16:55
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