opinião

Veículos Elétricos, Híbridos ou Gasolina
Elétron, híbrido, hidrocarbonetos ou baterias em estado sólido?
Por Orlando Henrique
Barreiro

Veículos Elétricos, Híbridos ou Gasolina<br />
Elétron, híbrido, hidrocarbonetos ou baterias em estado sólido? <br />
Por Orlando Henrique <br />
Barreiro<br />
Esta é uma dúvida existencial que a maior parte dos consumidores colocam em cima da mesa, quando pensam em trocar de veículo.

Será que devíamos parafrasear o filosofo e matemático francês René Descartes e dizer: - “penso, logo existo.”, na sua versão mais famosa “cogito, ergo, sum”, ou simplesmente referir “Penso, logo não sei o que fazer” – “Cogito, sed confundor”.

Embora as primeiras experiências de um carro Elétrico tenham ocorrido no sec XIX, no longínquo ano de 1888, criado pelo inventor e empresário Andreas Flocken e o primeiro carro construído pela Porsche, o C.2 Phaeton model no ano de 1898, a experiência mais marcante de entrada dos primeiros carros Elétricos foi sem dúvida através do Elon Musk, com o Tesla Roadster, um carro elétrico desportivo, tendo a sua produção começada em 2008.

A partir daqui muitas situações têm acontecido, entre os prós e contras do que se poderia considerar uma evolução natural, para apoiar a diminuição da pegada ecológica em prol da defesa da humanidade.

Muitos países através de medidas financeiras deram melhores condições fiscais à aquisição quer de veículos Elétricos, quer de Híbridos, o que de tem facilitado a entrada destas novas classes de transportes.

Estima-se que apenas 1,5% dos 250 milhões de carros em circulação na Europa são elétricos ou híbridos, percentagem essa que em Portugal baixa para 0,8%, onde os motores a diesel ainda dominam, com 59,1% do total em circulação.

Na Europa apenas em três países em que a percentagem de veículos Elétricos é superior a 2%: Dinamarca, Holanda e Suécia.

A China tem a maior penetração de veículos Elétricos e Híbridos, com 28% das vendas em 2022 e com perspetiva de atingir mais de 50% do mercado nos próximos anos.

As maiores preocupações dos carros Elétricos, para alem do que fazer às baterias em fim de vida, tem a ver com a autonomia e o tempo que demoram os carregamentos. A rede de carregadores ainda é insuficiente e muito lenta, para as super necessidades da maioria dos condutores.

Numa primeira abordagem de mercado, a maioria dos tradicionais construtores de carros, foram contra as ideias megalómanas do Elon Musk, mas depois de algum tempo, entrou o “velho ditado”: Se não o conseguires vencer junta-te a ele...”.

Efetivamente eles só foram buscar a ideia e de uma forma dinâmica os maiores construtores mais renomados (de A a Z), já têm opções Híbridas e Elétricas com muitos dos requintes inspirados nas ideias da Tesla e claro com as enormes vantagens do excecional passado mecânico das suas empresas.

Todavia, para além da eletrificação, há que ter em conta que o hidrogénio verde também é uma opção como complemento da descarbonização.

Assim as decisões terão mais a ver com a opção de arriscar numa nova era, ainda embrionária, mas com algumas dúvidas e interrogações de permeio, ou optar por uma situação mista, a Híbrida, onde há sempre a opção de combustível fóssil ou ainda, manter a tradicional forma de locomoção a gasolina, porque o gasóleo embora com a maior adesão em Portugal, já tem um fim agendado por força das diretrizes comunitárias.

Deste modo, a melhor opção poderá ser a dicotomia entre a sensatez, o orçamento disponível, aliado às necessidades profissionais e/ou familiares.

Em suma, o nosso padrão atual de vida, as condições que temos disponíveis em relação a possíveis locais para carregamento e as necessidades praticas para o que pretendemos da nova aquisição, vai seguramente condicionar e moldar a nossa escolha na aquisição de um veículo.
Boas Escolhas!

Orlando Henrique

21.08.2023 - 12:00

Imprimir   imprimir

PUB.

Pesquisar outras notícias no Google

Design: Rostos Design

Fotografia e Textos: Jornal Rostos.

Copyright © 2002-2023 Todos os direitos reservados.