opinião

NÃO IREI AO PAÇO!
Por Armando Sousa Teixeira
Barreiro

NÃO IREI AO PAÇO!<br />
Por Armando Sousa Teixeira<br />
Barreiro Recebi a medalha “Barreiro Reconhecido” em 2017 na área da “Luta pela democracia”, não faz sentido estoutra. O Barreiro Reconhecido foi criado em 1984 por unanimidade, num executivo de que fiz parte, com honra.

- A atual proposta lavra num equívoco. A luta antifascista não foi “Altruísta” nem foi por “Bravura”. Foi travada com generosidade, coragem, convicções, com espírito revolucionário e transformador. Por isso o 25 de Abril!
- Por “bravura” era a medalha que o fascismo dava às mães e viúvas dos “bravos soldados mortos em defesa da Pátria”, no dia 10 de Junho, então o “dia da raça”. Os fascistas confundiam a Pátria (ainda hoje confundem!) com a sua própria barriga.
- É tempo de solicitar ao atual executivo da CMB que cuide melhor da “memória” (e de quem a ela se dedica!) fazendo aprovar um “Memorial” ao trabalho e à luta de milhares de trabalhadores honrados e anónimos que nas fábricas, oficinas, estabelecimentos, clubes e colectividades desta terra, nunca se renderam às ignomínias e repressões do regime fascista. São merecedores da medalha da dignidade e da integridade democrática, do combate pelo futuro num Memorial que o perpetue.
- Termino como iniciei em título, citando Luís Vaz de Camões, o príncipe dos poetas portugueses e um insubmisso na sua época: “[…] Só baixo a cabeça para ver a folha em que escrevo”.

Barreiro, 22/4/24
Armando Sousa Teixeira

22.04.2024 - 15:43

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