inferências
Diz que é uma espécie…
de BLOGUE DE NOTAS do Barreiro
Por António Sousa Pereira
Pois…uma coisa, na verdade, este “estudo de opinião”, ou sondagem revela, de facto, está a aproximar-se o início da contagem decrescente!
Dia 18 de Junho
Os 100 anos da CUF
O Bloco de Esquerda promoveu, no Barreiro, um Jantar com o objectivo de marcar o arranque de um programa que visa assinalar os “100 anos de lutas – O outro lado da CUF”.
A ideia desta iniciativa, não querendo parecer é, de facto, uma posição de contra-ponto, um protesto de contra-cultura, que visa gerar um “discurso” ou um plano de debates em “confronto” com as iniciativas que estão a ser programadas, ao nível oficial, pela Câmara Municipal do Barreiro, Quimiparque e Grupo Mello, para assinalar este centenário.
O Bloco de Esquerda com esta iniciativa, à partida, capitaliza politicamente, por ser, como partido, o primeiro que, até ao momento, considerou importante assinalar esta efeméride, e, naturalmente, colocar em discussão, no plano ideológico, a importância da CUF na cultura do Barreiro.
O Bloco de Esquerda, por outro lado, assume o protagonismo de querer assumir e ser o defensor do “outro lado da CUF”, o lado da cultura operária. Será que encosta o PCP à parede? Ou afasta o intervir nesta área de debate?
O Bloco de Esquerda, de facto com esta iniciativa, emancipa-se do PCP e do PS, colocando-se na liderança do debate à esquerda, do que serão as relações e as memórias da “cultura operária” e o seu contributo para a “identidade do Barreiro”.
Mas, de facto, no próprio folheto de divulgação deste programa o Bloco de Esquerda, deixa em aberto um caminho para reflexão – “ninguém é dono da memória” e que “a memória é direito de cidadania, de todos”.
Ora, de facto, quando estava a decorrer a sessão, no período das intervenções acaloradas, marcadas por um discurso “anticapitalista” e “antifascista”, alguém, ao meu lado, comentava : “Eles estão a esquecer as Creches, a Colónia de Férias, a Escola Alfredo da Silva…e tanta coisa boa que vivemos, no Barreiro, com a CUF”.
Pois, de facto, “ninguém é dono da memória” e, talvez, seja interessante, por essa razão, que, neste comemorar o centenário da CUF, outros partidos, promovessem iniciativas e dessem o seu contributo para pensar outras formas de olhar para a CUF e o seu contributo para a construção da cultura e identidade do Barreiro.
Sim. Até, por isso mesmo, porque “ninguém é dono da memória”.
Mas, talvez, mesmo ao nível das comemorações “oficiais” essa reflexão possa ser desenvolvida, no pensar, por exemplo, a “cultura empresarial”, no reflectir sobre as vertentes sociais, no reflectir no contributo da CUF para a evolução de tecnologias, no contributo da CUF para a formação de um “operariado qualificado”…porque afinal, existirão “outros lados da CUF”…e todos são importantes para pensar a memória, que, obviamente, é feita de “memórias”.
Afinal a CUF, não começou com o fascismo…nasceu na Monarquia Constitucional, passou a I República, viveu o Estado Novo e…caiu com o PREC.
Dia 19 de Junho
O Inquérito de Opinião
Recebi um telefonema. Um inquérito de opinião. Foram dezenas de perguntas. Sobre a gestão da autarquia. Sobre os problemas do Barreiro. Se conhecia o Presidente da Câmara? Como avaliava a gestão em diversas áreas, com notas de 1 a 10. Como definia numa palavra o Presidente da Câmara.
Registei o comentário do entrevistador, quando me perguntou se gostava do Barreiro? Respondi que sim.
Enfim, os inquéritos começam a surgir. Os estudos de opinião. Instrumento essencial para determinar estratégias, corrigir as criticas, avaliar resultados.
Estamos a meio do mandato autárquico. Está na hora de começar a olhar para as próximas autárquicas.
Não sei de onde é oriundo o inquérito, nem estou preocupado com isso, uma coisa, na verdade, este “estudo de opinião”, ou sondagem revela, de facto, está a aproximar-se o início da contagem decrescente…que, naturalmente, irá começar após as férias de 2007.
22.6.2007 - 1:58
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