associativismo
DESFILE DA LIBERDADE NO BARREIRO DA TORRALTA AO PARQUE DA CIDADE
Promover os valores de abril através da união e diálogo em defesa da democracia
As coletividades, as associações e os clubes expressam a sua discordância em relação ao percurso do Desfile da Liberdade definido pela Câmara Municipal do Barreiro, no entanto, sublinham que, apesar das divergências em relação ao percurso a ACCB afirma a importância da convergência, porque "é mais importante aquilo que nos une, do que aquilo que nos separa”.
No passado dia 9 de abril de 2024 (terça-feira), na sede da Cooperativa Cultural Popular Barreirense, a Comissão Promotora das Comemorações do 50.º Aniversário da Revolução de Abril e a Associação das Coletividades do Concelho do Barreiro (ACCB) reuniu com as coletividades, associações e clubes para discutir e divulgar a iniciativa do Desfile da Liberdade, agendado para o dia 24 de abril de 2024, às 20h30, com início na Torralta e términus no Parque da Cidade.
Durante a reunião, as coletividades, as associações e os clubes expressaram a sua discordância em relação ao percurso definido pela Câmara Municipal do Barreiro, apontando como principais preocupações: - A falta da evocação da memória coletiva associada ao percurso habitual entre a Avenida de Santa Maria e o Parque da Cidade, no Barreiro; - A falta de visibilidade do desfile perante a comunidade local.
No entanto, apesar das divergências em relação ao percurso definido pela Câmara Municipal do Barreiro, a ACCB salientou a importância da convergência entre as coletividades, especialmente numa data de relevância histórica como esta, onde é crucial promover os valores de abril através da união e na construção do diálogo em defesa da democracia, da liberdade e dos valores de abril, uma vez que “é mais importante aquilo que nos une, do que aquilo que nos separa”.
A Comissão Promotora das Comemorações do 50.º Aniversário da Revolução de Abril e a Associação das Coletividades do Concelho do Barreiro (ACCB) informou ainda que, durante o evento, vai haver um palco, destinado ao Movimento Associativo Popular, junto às chaminés do Parque da Cidade do Barreiro, onde a Banda Municipal do Barreiro vai atuar e onde vai ser lido o Manifesto dos 50 anos do 25 de Abril da ACCB.
Apela, ainda, que todas as coletividades, associações e clubes do concelho do Barreiro participem e realizem eventos nas sedes para comemorar esta data histórica.
MANIFESTO DO 50.º ANIVERSÁRIO DA REVOLUÇÃO DE ABRIL
Hoje, 25 de abril, é um dia de profunda significância para todos nós. Há exatos 50 anos, Portugal testemunhava um momento histórico que mudaria o curso da sua história para sempre: a Revolução dos Cravos. Neste dia emblemático, o povo português, movido por um desejo ardente de liberdade, justiça e democracia, uniu-se num ato de coragem e determinação, desafiando um regime autoritário que oprimia as suas aspirações mais básicas.
Foi uma revolução marcada pela não violência, pela força da vontade popular, simbolizada pelos cravos vermelhos que enfeitaram as espingardas dos soldados e que hoje permanecem como um emblema da esperança e da resistência. O 25 de abril de 1974 não foi apenas a queda de um regime opressivo, mas o renascimento de uma nação. Foi o início de uma jornada rumo à liberdade, à igualdade e à dignidade para todos os portugueses. A Revolução dos Cravos trouxe não apenas a queda de um regime opressivo, mas também o restabelecimento das liberdades fundamentais para o povo português.
A partir desse evento histórico, os portugueses conquistaram direitos como a liberdade de expressão, a liberdade de associação, o direito ao voto livre e democrático, entre outros. Nesta data, devemos lembrar-nos das lições que o passado nos ensina.
Devemos honrar o sacrifício daqueles que lutaram pela democracia, pela justiça social e pelos direitos humanos. Com a chegada da democracia após a Revolução dos Cravos, houve um florescimento do associativismo em Portugal. As pessoas ganharam mais liberdade para se organizar em associações, sindicatos, grupos comunitários e outras formas de organização da sociedade civil. Isso permitiu uma maior participação cívica e política, além de contribuir para o desenvolvimento social, cultural desportivo e económico
do país.
O associativismo desempenhou e continua a desempenhar um papel vital na construção e fortalecimento da democracia em Portugal. As associações representam interesses diversos, desde grupos profissionais até organizações de defesa dos direitos humanos e do ambiente. Elas desempenham um papel fundamental na articulação de demandas da sociedade civil, na promoção do debate público e na fiscalização das instituições democráticas. Mas também devemos refletir sobre os desafios que ainda enfrentamos hoje. A democracia é um processo contínuo, que requer vigilância, participação cívica e compromisso com os valores fundamentais que a sustentam.
É nosso dever defender e fortalecer as instituições democráticas, combater a corrupção, promover a inclusão social e económica, e garantir que os direitos de todos os cidadãos sejam respeitados.
Neste 25 de abril, renovemos o nosso compromisso com os ideais de liberdade, justiça e solidariedade que inspiraram aqueles que lutaram antes de nós.
Que esta data nos lembre da nossa responsabilidade de construir um futuro melhor para as gerações vindouras, um futuro baseado na paz, na democracia e no respeito pelos direitos humanos.
Viva o 25 de abril! Viva a liberdade!
Viva Portugal! Viva O Barreiro!
Viva o Movimento Associativo Popula
16.04.2024 - 18:35
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