associativismo

Cine Clube do Barreiro no próximo domingo
Exibição do recém-estreado filme "NOME" de Sana Na N´Hada

o recém-estreado filme "NOME" de Sana Na N´Hada, cuja narrativa tem lugar em 1969, durante a guerra colonial contra o exército português. O filme concentra-se em Nome, um jovem que abandona a sua aldeia para se juntar à luta pela libertação. Esta é a quarta longa-metragem do realizador guineense, formado em cinema em Cuba no início da década de 1970.

Enquadramento biográfico do realizador:

Justamente no ano em que se comemoram os 50 anos das independências das ex-colónias portuguesas, o realizador pretende continuar esse trabalho que lhe foi incutido por Amílcar Cabral. O percurso de Sana Na N`Hada e a sua ligação a Amílcar Cabral remontam a 1963, quando o realizador tinha apenas 13 anos e foi retirado da sua aldeia para ingressar numa escola na Guiné-Conacri. Segundo o realizador, Amílcar criou uma escola em Conacri porque estava a lutar pela criação de um Estado e tinha de formar quadros. Embora o seu destino fosse a escola, Sana acabou por ficar com os guerrilheiros, na mata, a ensinar as pessoas a ler, porque sabia ler um pouco. No fim do ano escolar, por uma razão que o realizador desconhece, levaram-no para um hospital de campanha, onde aprendeu a dar injeções, a curar as feridas e a pôr gesso. Em 1967, com 17 anos, Sana ia estudar medicina para a União Soviética, mas perdeu o voo. Amílcar Cabral decidiu que Sana e outros seis colegas iam para Cuba estudar cinema. Em janeiro de 1973, Cabral pediu a Sana, e aos seus colegas, que filmassem as frentes de batalha na Guiné-Bissau, para documentarem a guerra. Foi assim que surgiu o primeiro realizador guineense.

16 de Fevereiro às 16h00
"NOME" de Sana Na N´Hada
Ficção / Portugal, França, Guiné-Bissau, Angola / 118 min. / 2024
Estreia em Portugal: 6-Fev.-2025

Sinopse

Sana Na N’Hada, o veterano realizador guineense, revisita a memória da Guerra Colonial e da sua juventude na luta contra o exército português. Nome, com estreia mundial no Festival de Cannes, é uma abordagem poética e ficcional acompanhada por imagens de arquivo da época, originalmente documentadas por Na N’Hada e os seus camaradas. Um filme para compreender a história do país, que evoca uma reflexão sobre o passado e o presente: “Será que é esta a Guiné-Bissau pela qual lutámos?” Estamos em 1969 e em plena Guerra Colonial Portuguesa na Guiné-Bissau. Antes de mergulharmos no conflito, vemos o dia-a-dia do protagonista, Nome, e as suas relações com a mãe e a Nambu, por quem está apaixonado. Mas Nome não ficará na aldeia por muito mais tempo e entregará o seu corpo e alma à luta armada junto das guerrilhas do PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) para combater o exército português. Torna-se um herói atormentado por tudo o que aconteceu.

Bilhetes:
3,50€ - Normal
2,50€ - Estudante
Gratuito - Associados do Cineclube

Cine Clube do Barreiro
Rua Almirante Reis, nº. 111-A
Barreiro

Para garantir o seu lugar na sessão, pode efetuar reserva por e-mail ou telefone.

cineclubebarreiro@gmail.com
Telf.: 925 036 782

11.02.2025 - 16:41

  imprimir