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Exposição «Unidos Venceremos! Protesto, Greves e Sindicatos no Marcelismo»
Patente na Oficina da CP no Barreiro até 20 de outubro

Exposição «Unidos Venceremos! Protesto, Greves e Sindicatos no Marcelismo» <br />
Patente na Oficina da CP no Barreiro até 20 de outubro A exposição «Unidos Venceremos! Protesto, Greves e Sindicatos no Marcelismo (1968 – 1974)» — iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril para evocar o papel do mundo do trabalho e do movimento sindical anticorporativo no combate à ditadura — estará patente no Barreiro, nas oficinas da CP, até 20 outubro. Pode ser visitada de segunda a sexta, entre as 10h00 e as 16h00. A entrada é livre.

“As Comemorações do cinquentenário do 25 de Abril decorrem até 2026. Cada ano foca-se num tema prioritário, tendo como objetivo global reforçar a memória e enfatizar a relevância atual destes acontecimentos na construção e afirmação da Democracia. O período inicial das Comemorações, que agora decorre, é dedicado aos movimentos sociais e políticos que criaram as condições para o golpe militar. É nesse contexto que se enquadra esta exposição”, afirma Maria Inácia Rezola, Comissária-Executiva.

Exposição em Lisboa recebeu cerca de 3 mil visitantes

A exposição «Unidos Venceremos! Protesto, Greves e Sindicatos no Marcelismo (1968 – 1974)» esteve patente no Hub Criativo do Beato, em Lisboa, entre 1 de maio e 30 de junho, tenho sido visitada por cerca de 3 mil pessoas.

José Pacheco Pereira, historiador e Comissário científico da iniciativa, afirma: “O tema da exposição é de grande relevância para compreendermos o fim da ditadura e o processo de construção da Democracia. O movimento sindical e grevista, que é aqui documentado, teve um papel decisivo no fim do Estado Novo e na criação das novas instituições democráticas. O movimento militar que fez o 25 de Abril resultou, sem dúvida, do esgotamento gerado pela Guerra Colonial, mas teve o contributo de um novo contexto social e político.”

Documentação inédita sobre os mecanismos de repressão da ditadura

“Em Portugal, no final dos anos 1960, tem início uma nova época de protestos, de greves, de reivindicações, de organização e ação legal, semi-ilegal e clandestina, que começa mesmo antes da ascensão de Marcelo Caetano ao poder, em 1968, e se intensifica durante o seu Governo. Verifica-se um crescimento exponencial das lutas sociais, com importante expressão no movimento grevista e no “assalto” anticorporativo aos sindicatos do regime. Não é um movimento inteiramente espontâneo, contando com a ação de partidos e movimentos clandestinos, como o PCP, os ‘católicos progressistas’ e os esquerdistas”, acrescenta o historiador.

Desta exposição consta um primeiro levantamento exaustivo das greves e protestos no Marcelismo, que aponta para um número superior a 300 ocorrências, e informação obtida a partir da consulta de documentação inédita da Legião Portuguesa (LP) e da PIDE-DGS, que permite compreender os mecanismos da repressão da ditadura: PIDE-DGS, PSP, GNR e LP. A exposição destaca ainda a participação das mulheres neste movimento de contestação, em particular das operárias ligadas aos têxteis e lanifícios. «Unidos Venceremos! Protesto, sindicatos e greves no marcelismo (1968-1974)» é uma iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril e da Ephemera - Associação Cultural, em parceria com Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Arquivo Nacional do Som, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal do Barreiro e CP – Comboios de Portugal.

Barreiro - Exposição «Unidos Venceremos! Protesto, Greves e Sindicatos no Marcelismo (1968-1974)»

Esta exposição evoca o papel do mundo do trabalho e do movimento sindical anticorporativo no combate à ditadura. Pode ser visitada até 20 de outubro, de segunda a sexta, das 10h às 16h00. Entrada livre.

Fonte - Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril

26.07.2023 - 15:17

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