cultura

Na Biblioteca Municipal do Barreiro
Apresentada obra sobre “Carta de Foral” do Barreiro

Na Biblioteca Municipal do Barreiro<br>
Apresentada obra sobre “Carta de Foral” do Barreiro No decorrer da apresentação da obra “Vila Nova do Barreiro – Carta de Foral”, a historiadora Rosalina Carmona, recordou que no território do Barreiro existiam importantes indústrias da época – Moinhos de Maré, Complexo Real de Vale de Zebro, Oficinas de Cerâmica e Construção Naval – a Feitoria da Telha, que “detinha uma função complementar relativamente à Ribeira das Naus de Lisboa”.

A obra “Vila Nova do Barreiro – Carta de Foral”, da historiadora Rosalina Carmona, foi divulgada no Auditório da Biblioteca Municipal do Barreiro, numa iniciativa que contou com a presença de Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro e de Maria de Lurdes Rosa, da Universidade Nova de Lisboa e Raul Malacão, Presidente da Junta de Freguesia do Barreiro.

Foral institui a criação do município

Na nota de abertura do livro, o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, refere que “o respeito pela memória histórica do Barreiro constitui uma referência importante na política cultural da autarquia e insere-se nos seus objectivos de contribuir para a divulgação e valorização do património colectivo”.
Recorda o autarca que – “a Carta de Foral é um documento de grande significado para a história e identidade colectiva do concelho” dado que sublinha trata-se de – “um testemunho de extraordinária importância, ao instituir a criação do município”.

Enquadrar as memórias da comunidade local

Maria de Lurdes Rosa, na nota de apresentação, recordou que é natural do Barreiro, embora tenha saído da cidade com três anos, sempre manteve laços de aproximação com a sua terra natal.
A professora do Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, recordou que o ensino de história tem diferentes formas de “conhecer e reconstruir o passado” sendo o “mito e a memória” os principais.
Sublinhou que o “saber histórico proporciona, desde logo, o controlo da informação” e que “não há histórico sem fontes históricas”.
Sublinhou que “a visão do passado do Barreiro que este livro apresenta, que a sua autora lutou para construir, baseia-se no discurso histórico” assente em fontes históricas, “de forma exaustiva e coerente” que permite enquadrar as memórias da comunidade local.

Poderes públicos apostam na promoção de saberes fundamentais

Maria de Lurdes Rosa, salientou que – “os poderes públicos que optem por sustentar esta via estão a contribuir para o desenvolvimento de comunidades mais sólidas, porque construídas sobre um passado comum feito de luzes e sombras, certamente, mas também nisso igual, e não superior ou inferior, a todos os outros”, acrescentando, ter – “satisfação em saber que a comunidade local pode contar com visões seguras e interessantes sobre o seu passado, com uma História com letra grande, e , em verificar que os poderes públicos apostam na promoção de saberes fundamentais e esclarecedores que, embora lentos na sua elaboração e pouco visíveis, são passos seguros na construção de uma consciência comunitária cívica, lúdica e virada para o futuro, porque em paz com o Passado”.


Barreiro demarcou-se de Alhos Vedros

A Carta de Foral foi concedida por D. Manuel I à Vila Nova do Barreiro em 16 de Janeiro de 1521.
O Diploma de D. Manuel I, elevou o Barreiro à categoria de Vila e em simultâneo o demarcou do concelho de Alhos Vedros.
Rosalina Carmona, recordou que no território do Barreiro existiam importantes indústrias da época – Moinhos de Maré, Complexo Real de Vale de Zebro, Oficinas de Cerâmica e Construção Naval – a Feitoria da Telha, que “detinha uma função complementar relativamente à Ribeira das Naus de Lisboa”.

2.7.2007 - 1:35

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