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Tarifa praticada pela AMARSUL insuportável para municípios e para munícipes
AMR Setúbal apresenta estudo a Secretário de Estado do Ambiente

Os autarcas informaram que a tarifa hoje praticada já é insuportável para os municípios e para os munícipes, tendo passado de 23,72 euros em 2015 para 77,04 euros em 2024 por tonelada de resíduos, sendo que o estudo realizado sugere uma série de ineficiências na gestão da empresa, que a serem supridas poderiam ter um efeito positivo na tarifa.
Foi transmitido que a evolução tarifária na AMARSUL não corresponde a um aumento ou melhoria da qualidade de serviço, como é percetível por todos, até pelo contrário, se não fosse o trabalho permanente dos municípios para limpar as envolventes dos ecopontos a situação era ainda pior.
Foi colocado ainda que a AMARSUL não acompanha sequer o investimento que os municípios fazem, quer na monitorização da rede de ecopontos, quer na recolha porta-a-porta, que poderia diminuir significativamente as taxas de transbordo dos ecopontos, facto que contribui para uma avaliação muito negativa, por parte dos municípios, do serviço de recolha da AMARSUL e para o aumento do material que vai para depósito em aterro.
Neste âmbito, os municípios solicitaram que o Estado, gestor do contrato de conceção da AMARSUL, interviesse de modo a verificar o cumprimento do estipulado no contrato, quer no que se refere à qualidade de serviço, quer no que se refere à eficiência na gestão da empresa.
Adicione-se a toda esta problemática o impacto da Taxa de Gestão de Resíduos (que já vai em mais de 30 euros por tonelada) que procura penalizar a AMARSUL pela deposição de resíduos em aterro. Mas espante-se, que esta penalização, por diploma legal, é refletida exclusivamente aos clientes dos sistemas no preço da tarifa, sendo que a AMARSUL não tem qualquer incentivo para mudar o paradigma do depósito em aterro, e os municípios que pagam a conta não tem poder de decisão.
O fim dos aterros foi um dos pontos focados e desenvolvidos na reunião, tendo o Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, transmitido que neste momento a situação do aterro do Seixal é já insuportável e que tem de se investir rapidamente em soluções que diminuam os resíduos encaminhados para esse fim.
O Secretário de Estado terminou a reunião dando nota que infelizmente este não é um problema só colocado pelos municípios da Península de Setúbal e que a dimensão do problema exige medidas e financiamento urgente.
Fonte - AMRS
11.02.2025 - 17:47
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