postais
Barreiro/Seixal - Apresentação “Olhares no Equador” de António Nunes Barata
Uma festa de fraternidade entre os povos de São Tomé e Príncipe e Portugal
“As fotografias que integram o livro são uma pequena amostra, de alguma forma abrangente, da realidade de São Tomé e Príncipe, mas, não mostram todo o potencial de beleza daquelas ilhas.”, afirma o autor.
António Nunes Barata, cumpriu serviço militar, no posto de Cabo, numa Companhia de Polícia Militar - PM, em São Tomé e Príncipe, entre julho de 1973 e janeiro de 1975. Uma experiência que guarda dentro de si, um tempo que ficou inscrito na sua memória.
Numa declaração ao jornal “Rostos”, salienta que naqueles dias, antes do 25 de Abril, naquela ilha no meio do Atlântico, “a vida era calma e tranquila”.
“As relações entre todos, brancos, negros, militares brancos ou negros, eram as melhores. Passeávamo-nos à vontade em toda a ilha e em todas as ilhas, São Tomé, Príncipe e Rolas, que eram as habitadas, e, entre nós, as relações de convivência eram as melhores”, afirma.
A ilha tinha um ambiente, uma gente, uma terra maravilhosa - “obrigatoriamente construíam-se raízes”, e, refere que “as saudades expressavam-se na vontade de voltar.”
Presente na posse do Governo de Transição
António Nunes Barata, em representação da Companhia PM, no dia 21 de Dezembro de 1974, com mais dois militares da Polícia Militar - um Sargento e um Capitão, o Comandante da Companhia, , assistiu à cerimónia de tomada de posse do governo de transição para a independência de São Tomé e Príncipe. O Coronel Pires Veloso, era o Alto Comissário.
António Nunes Barata, após o regresso manteve sempre o interesse em acompanhar, o dia a dia daquele povo, com o qual manteve laços fraternos.
Em Março de 2000, voltou à ilha integrando uma missão empresarial da Associação Industrial Portuguesa, seguindo, posteriormente, outras visitas, nos anos de 2015, 2016 e 2019.
Não foi fácil a escolha de apenas 194 fotografias
“A ideia de editar um livro de fotografias de São Tomé e Príncipe acompanha-me há vários anos. Comecei esse trabalho antes do COVID, tendo sido interrompido nesse período. Depois recomecei até sentir que esse projecto era uma realidade. Ele aí está”, sublinha.
“É um livro com 200 páginas, com 194 fotografias das Ilhas de São Tomé, Príncipe e Ilhéu das Rolas. Não foi fácil a escolha de apenas 194 fotografias, entre as muitas centenas que tenho”, refere.
“As fotografias que integram o livro são uma pequena amostra, de alguma forma abrangente, da realidade de São Tomé e Príncipe, mas, não mostram todo o potencial de beleza daquelas ilhas.”, afirma.
Uma viagem entre a saudade e a beleza
O prefácio do livro é escrito pelo Santomense, Orlando Piedade, é um texto que espelha quer a realidade fotográfica e estética do do livro - “Olhares no Equador” - quer uma profunda reflexão sobre os objectivos de António Nunes Barata, que através desta obra faz uma viagem entre a saudade e a beleza, num reencontro, através de fotografias, entre a sua vida e uma ilha inscrita na sua memória.
Fraternidade entre povos marcou a apresentação do livro
O Auditório da Junta de Freguesia Corroios, no concelho do Seixal, recebeu a primeira apresentação do livro "Olhares no Equador", de António Nunes Barata. Foi um dia de festa com música, alegria e dança.
A presença do artista santomense Tonecas Prazeres, com momentos espontâneos de danças de São Tomé.
A apresentação do Livro foi feita por Miguel Feio , com comentários de Orlando Piedade, que viveu em São Tomé e Príncipe - e recordou algumas situações do seu passado ao "viajar" por locais inscritos no livro.
Foi um dia em que, mais uma vez, aconteceu viver-se de forma intensa a afinidade que existe entre o povo português e o povo santomense.
07.01.2025 - 21:03
imprimir
PUB.
Pesquisar outras notícias no Google
A cópia, reprodução e redistribuição deste website para qualquer servidor que não seja o escolhido pelo seu propietário é expressamente proibida.
Fotografia e Textos: Jornal Rostos.
Copyright © 2002-2025 Todos os direitos reservados.