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No Auditório Manuel Cabanas da Biblioteca Municipal do Barreiro
Lançamento do livro “Belo Amanhecer” da autoria de Maria Júlia Lino

Ontem, dia 29 de março, o auditório Manuel Cabanas da Biblioteca Municipal do Barreiro foi pequeno para receber todos aqueles que vieram assistir ao lançamento do primeiro livro de poemas da professora Maria Júlia Lino, denominado “Belo Amanhecer”.

No fim, aplausos de pé da plateia e um apelo: que a professora Maria Júlia Lino seja agraciada com o Barreiro Reconhecido, pela Câmara Municipal do Barreiro.

Família, antigos alunos, amigos assistiram a uma belíssima apresentação de um livro escrito, segundo a autora, depois do 25 de abril de 1974, madrugada do seu “Belo Amanhecer”. São poemas que nos lembram os anos negros da ditadura portuguesa e da pobreza e dificuldades quotidianas com que viviam inúmeros barreirenses então. São poemas que nos tocam profundamente.

A mesa de honra composta pela amiga Joaquina Rica que moderou os participantes refletiu sobre a incursão da pintora e ilustradora no mundo da poesia. Primeiro Nuno Soares, em representação da Associação das Coletividades do Concelho do Barreiro (editora do projeto) e Rosário Vaz (autora do prefácio) pediram aos presentes a leitura atenta desta obra que nos lembra os perigos de uma ditadura e da falta de liberdade, numa altura em que ainda se comemoram os 50 anos do 25 de abril de 1974.
Depois foram as palavras da autora, modestas como sempre, onde entre memórias de como este livro se concretizou nos relembrou que cada poema do livro é ilustrado por um desenho ou pintura sua.

No fim, aplausos de pé da plateia e um apelo: que a professora Maria Júlia Lino seja agraciada com o Barreiro Reconhecido, pela Câmara Municipal do Barreiro.
Seguiram-se depois momentos culturais de excelente qualidade com a leitura de poemas do livro por parte da sua família e amigos, culminando com a atuação do coro da UTIB (Universidade da Terceira Idade do Barreiro).

Biografia
Maria Júlia Rodrigues Lino nasceu no Barreiro em 1938.

É licenciada em Pintura, com formação em História de Arte e Geometria, pela Escola Superior de Belas Artes, da Universidade de Lisboa.
Tem diversos trabalhos que têm sido objeto de exposições; em 1960, foi selecionada para participar no Salão de Primavera, no Estoril, com um Quadro de Técnica Mista, "O Desgosto" De igual modo, por ocasião do aniversário da Junta de Freguesia do Barreiro, participou numa exposição na Biblioteca Municipal do Barreiro, com o Quadro a acrílico "O Operário Sonhador" Na exposição "O Outro Lado da Escola", organizada pelo Prof. Amadeu Baptista, participou com o Quadro em Técnica Mista, "Percurso Difícil" A última exposição em que participou foi no Convento da Madre de Deus, no Barreiro, num evento comemorativo do 25 de Abril.
Maria Júlia Rodrigues Lino fez o Curso de Ciências Pedagógicas, na Faculdade de Letras de Lisboa, com vista a participar no Estágio Pedagógico, que efetuou na Escola Básica 2/3 Álvaro Velho, no Lavradio, na disciplina de Educação Visual.
Foi co-autora de uma Estratégia Inovadora para a interdisciplinaridade curricular, que foi aplicada no estágio que fez em 1975, sob observação dos diversos inspetores das disciplinas intervenientes.
Fez o Curso de Psicopedagogia, no Centro Médico de Psicologia e Orientação Profissional, em Lisboa, sob orientação do Prof. Doutor Camilo Cardoso e da Profª Doutora Olívia Magalhães.
Obteve formação para Mediadora na Prevenção Primária de Toxicodependência no Meio Escolar, no primeiro curso que se realizou em Portugal, para professores que vieram a realizar a função de Mediadores, seguindo os princípios de funcionamento da Universidade de Lausanne. Por essa razão, o curso teve a orientação do Prof. Dr. L.R. Kilcher, da referida Universidade Suíça. Foram orientadoras do curso a Dr. Ana Paula Marques, a Dr. Natividade Lopes e a Dr. Graça Poças.
Maria Júlia Rodrigues Lino integrou a equipa formada pelos nomes anteriormente citados e exerceu as funções de Mediadora na Escola Básica 2/3 Álvaro Velho, intervindo no meio escolar, não só da citada escola, como também em muitas outras do concelho.
No contexto das funções de Mediadora teve oportunidade de fazer vários encaminhamentos para apoios, nas vertentes da Terapia Familiar, visto ter detetado situações com elevados riscos.
O seu desempenho, durante quatro anos, em acumulação com a função docente, valeu-lhe o reconhecimento dos responsáveis da equipa, que lhe atribuíram a melhor classificação.
Pelo que atrás é explicitado, ficou referenciada numa edição dedicada à Prevenção Primária da Toxicodependência.
Enquanto docente, participou, na Escola Industrial, mais tarde Escola Secundária Alfredo da Silva, na lecionação das disciplinas de Geometria Descritiva e de Desenho Técnico.
Participou no lançamento da Reforma Veiga Simão, nos anos de 1972 a 1975, a convite do Diretor da Escola Álvaro Velho, Dr. Roque Prata e em absoluta concordância com a Inspetora de Educação Visual e artística Dr. Leonor Oliveira.
Efetivou-se na Escola Álvaro Velho em 1975 e aí permaneceu até à aposentação, em 1998.

30.03.2025 - 10:28

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