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Luís Ferreira entrevistado por Rute Pio Lopes
No livro “282” tudo é real, inclusive as “personagens”, é biográfico.

Luís Ferreira entrevistado por Rute Pio Lopes<br />
No livro “282” tudo é real, inclusive as “personagens”, é biográfico. “O «282» entra na categoria da literatura de viagens, um livro puro sobre o Caminho de Santiago, que descreve a minha experiência como bicigrino ao longo da rota do Caminho da Costa, percorrido entre Vila Nova de Gaia e Santiago de Compostela”, sublinha Luis Ferreira, na entrevista ao jornal «Rostos».

Luís Ferreira é um reconhecido nome da literatura nacional! Nos últimos anos o escritor tem dedicado ao “Caminho de Santiago” os seus vários livros. Para dar a conhecer a génese da sua obra, bem como as novidades editoriais que tem para breve, respondeu a algumas perguntas ao Jornal Rostos, deixando o convite para assistirmos ao lançamento do seu próximo livro, no dia 29 de abril, em Alcochete.

Tens vários livros publicados que versam sobre o Caminho de Santiago, quantos se encontram no mercado até ao presente?
Começo por agradecer a oportunidade em dar esta entrevista para o jornal “Rostos”. É verdade, são vários livros sobre o Caminho de Santiago, atualmente e com a edição em breve do “282”, passarão a estar disponíveis seis livros no mercado livreiro.

Como surgiu a ideia de escrever acerca dessa temática?
Em 2011 fiz o Caminho de Santiago pela primeira vez, a partir daí nasceu uma enorme paixão sobre o assunto. Editei o romance “Entre o silêncio das pedras” e comecei um processo de investigação e estudo sobre o tema, além de não conseguir, desde aí, parar de fazer o Caminho. Com os conhecimentos, com a paixão, com a vivência, surgiram outras obras.

Tens, com certeza, um feedback muito positivo entre o público, dentro desse universo de leitores sentes que os Caminheiros têm uma abordagem diferente?
Escrevo para o público em geral, dando assim visibilidade do que é o Caminho de Santiago, com isso tenho tido a responsabilidade e de certa forma a alegria, de ter inspirado muitas pessoas a depois quererem elas também ter essa vivência. Naturalmente quem já fez o Caminho, consegue rever-se melhor nas histórias criadas. O feedback que chega é muito positivo, mas de todos os que leem as obras, não se restringido apenas aos peregrinos.

Os personagens criados para viverem, em cada livro, a aventura até (ou em) Santiago de Compostela são ficcionados fora deste contexto ou são adaptados tendo em consideração as experiências que o Caminho te tem proporcionado?
Os meus livros (até agora) possuíam um contexto misto, ou seja, uma mistura de personagens ficcionadas, com a presença de
personagens reais e até mesmo adaptadas dentro da experiência real. Depois tudo o resto é real, os locais, o percurso, algumas
histórias paralelas que acabam por aparecer as obras. O “282” já é diferente, tudo é real no livro, tudo aconteceu, inclusive as “personagens”, pois, é biográfico.

Tens um novo livro no prelo. O título será “282 -O último caminho será sempre o primeiro”. Está anunciado na tua página de autor (FB e Instagram) que o seu lançamento ocorrerá ainda este mês, no dia 29. Será que podes satisfazer a curiosidade dos leitores e levantar um pouco do véu sobre a história?

O “282” irá sair brevemente, é mais um livro em que de certa forma acabo de sair da zona de conforto. Ainda recentemente dei
uma outra entrevista em que referi, que ainda procurava o meu caminho literário, sendo essa a razão pelo qual já abracei diversos
estilos. O “282” entra na categoria da literatura de viagens, um livro puro sobre o Caminho de Santiago, que descreve a minha experiência como bicigrino ao longo da rota do Caminho da Costa, percorrido entre Vila Nova de Gaia e Santiago de Compostela.
É um livro sem filtros, intimista, que dou a conhecer um pouco dos locais por onde passei, as suas lendas e histórias, onde aqui e ali também deixo a minha visão e um pouco de mim. Estou ansioso como é natural em perceber a aceitação que irá encontrar.

A apresentação do livro vai decorrer na Biblioteca de Alcochete, sendo este o ponto de partida para a sua divulgação noutros locais do país. Existe algum motivo em particular para a realização da cerimónia naquela vila?

Vivo em Alcochete há vários anos, uma vila que me acolheu e naturalmente o motivo particular é de realizar a cerimónia em casa. Já foram muitos os meus livros apresentados na “Casa dos Sonhos”, a biblioteca municipal, um local que considero talismã e que me deixa sempre feliz em poder realizar a sessão de lançamento das obras.
Aproveito a oportunidade para agradecer uma vez mais todo o acolhimento e disponibilidade, agora sonho em encher o espaço
nesse dia. Também já tenho convites de norte a sul do país para realizar outras sessões e inclusive da Galiza, em breve serão
anunciados os locais.

Luís Ferreira, agradeço a tua colaboração e a disponibilidade, faço votos de que seja (mais) um imenso sucesso, este novo e especial livro da tua carreira.

Rute Pio Lopes

18.04.2023 - 16:11

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