bastidores
Sessão Pública sobre a Terceira Travessia do Tejo
A importância para o desenvolvimento do Barreiro, da Região e do País
Decorreu no dia 2 de junho, na SDUB "Os Franceses", a Sessão Pública sobre a Terceira Travessia do Tejo – A importância para o desenvolvimento do Barreiro, da Região e do País, promovida pela organização concelhia do Barreiro do Partido Comunista Português, no âmbito da campanha “Viver Melhor na Nossa Terra”.
A generalidade dos intervenientes contestou a deliberação da Câmara Municipal do Barreiro relativa à caducidade da Reserva de Solo afecta à faixa de servidão da TTT Barreiro-Chelas. Esta proposta está em consulta pública no site da Câmara Municipal do Barreiro até dia 8 de junho e resulta da apresentação de um pedido apresentado por um particular na qualidade de proprietário de uma parcela que pretende destinar o terreno para a construção de fogos e espaço comercial.
A caducidade da reserva de solo afeta à faixa de servidão da TTT coloca em causa esta infra-estrutura essencial para a desenvolvimento regional prevista há muito nos instrumentos de planeamento do território. No debate foi reafirmada a necessidade de reservar este canal para a TTT e condenada a decisão do executivo PS na Câmara Municipal do Barreiro de propor a caducidade da reserva, colocando este terreno à disposição dos interesses imobiliários.
Esta iniciativa contou com a participação de Vasco Cardoso (Comissão Política do Comité Central do PCP), Carlos Matias Ramos (ex-Presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e ex-Bastonário da Ordem dos Engenheiros), Eduardo Vieira (Membro da DORS do PCP) e Humberto Faísca (Vereador do PCP na CMBarreiro).
Vasco Cardoso salientou que a TTT rodo-ferroviária é um projeto que não pode continuar a ser adiado. Tem um significado regional, mas também nacional e o sucessivo adiamento da sua construção traz custos muitos superiores à sua execução. Realçou as vantagens da TTT na qualidade de vida das populações e em termos ambientais.
Matias Ramos transmitiu o fundamento técnico acerca das vantagens da TTT rodo-ferroviária Barreiro-Chelas, salientando que este projecto está previsto em vários planos nacionais embora nunca tenha saído da gaveta. Teria um custo de 978 milhões de euros.
Eduardo Vieira referiu que a ponte é um investimento para a coesão territorial e para a criação de emprego. A desafectação dos terrenos é mais um atentado ao progresso desta região. A península de Setúbal tem enormes potencialidades que, aproveitadas, podem ser colocadas ao serviço do país. Apelou à participação na consulta pública por parte da população rejeitando esta proposta do executivo PS.
Humberto Faísca falou sobre a decisão do executivo PS na câmara do Barreiro, que contou com os votos contra dos vereadores da CDU, de libertar esses terrenos. Não podemos esquecer da dificuldade que Barreiro tem de atrair habitantes e empresas, salientou. Esta decisão do executivo camarário PS põe em causa a construção da ponte e consequentemente a capacidade de atractividade do concelho.
O PCP defende que o Barreiro deve reafirmar continuadamente a necessidade de inclusão de investimentos estruturantes, sendo um dos fundamentais a construção da TTT rodo-ferroviária Barreiro-Chelas, bem como a concretização das ligações rodoviárias aos municípios adjacentes, particularmente a concretização da travessia rodoviária Barreiro-Seixal.
A construção da TTT é fulcral no sistema de transportes públicos e, em particular, na ferrovia, conferindo mais fluidez e novos itinerários e serviços na Área Metropolitana de Lisboa, bem como novas potencialidades na ligação entre a Linha do Norte, a Linha do Sul e à fronteira do Caia.
Será também uma mais-valia em termos ambientais e de qualidade de vida das populações, através do reforço e diversificação da oferta de transporte público, descongestionando o tráfego rodoviário nas travessias existentes.
No que respeita ao desenvolvimento económico, tendo em consideração a redução do tempo e da distância na ligação aos portos de Lisboa, Setúbal e Sines, esta infra-estrutura trará benefícios para empresas e para o aparelho produtivo, considerando ainda a redução da dependência energética.
Fonte - PCP
03.06.2023 - 14:31
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