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Movimento Democrático de Mulheres da região de Setúbal
Mais um fim-de-semana em que ninguém pode nascer na nossa Região

Movimento Democrático de Mulheres da região de Setúbal <br />
Mais um fim-de-semana em que ninguém pode nascer na nossa Região "É fim-de-semana de Páscoa mas a surpresa é mais do mesmo: todos os serviços de urgência obstetrícia, blocos de parto e urgências pediátricas da região de Setúbal estão encerrados! O cenário dever-se-á repetir nos próximos dois fins-de-semana", refere o MDM - Movimento Democrático de Mulheres da região de Setúbal, porque, sublinha o MDM - "as maternidades e urgências pediátricas dos hospitais de Almada, Barreiro e Setúbal defrontam-se, com particular gravidade nestes três fins-de-semana, com a falta de médicos da especialidade".

Movimento Democrático de Mulheres da região de Setúbal refere que é "já recorrente encerramento, total ou parcial, dos serviços de urgências de obstetrícia, bloco de partos e pediatria, com especial impacto na região, tem-se banalizado como consequência directa de décadas de desinvestimento no SNS e do desvio do orçamento público da saúde para o sector privado. O encerramento de maternidades empurra as mulheres para o privado, sustentando a linha ideológica que olha a saúde como negócio, e vota a saúde materna a profundos
retrocessos porque obstaculiza seriamente o acesso de todas as mulheres, em igualdade, a assistência na gravidez, parto e pós-parto, e a adequados cuidados de saúde primários, continuados e de real proximidade."

Aprofundam-se as desigualdades e assimetrias regionais

"Estes encerramentos de urgências contribuem para a sobrelotação das escassas unidades de saúde em funcionamento, apresentando graves consequências para o funcionamento dos serviços, as condições de trabalho dos profissionais de saúde e a prestação de cuidados às utentes. Sublinham-se as legítimas inseguranças das grávidas e aprofundam-se as desigualdades e assimetrias regionais que afectam o acesso pleno da mulher à saúde, com mulheres grávidas da região forçadas a percorrer longos quilómetros para acederem ao acompanhamento no SNS, banalizando os partos em ambulâncias e comprometendo a segurança dos mesmos.", acrescenta o comunicado do MDM de Setúbal.

MDM exige políticas públicas de investimento no SNS

"Só um Serviço Nacional de Saúde forte assegura o funcionamento dos serviços de obstetrícia e pediatria e a garantia da universalidade do direito à saúde – independente da condição económica e social. O MDM exige, assim, políticas públicas de investimento no SNS, que melhorem as condições materiais dos serviços e garantam a dignificação e contratação de mais profissionais de saúde e a valorização das suas carreiras. As mulheres da região de Setúbal não abdicam de ter aqui os seus filhos! Não abdicamos do tão necessário hospital do Seixal e do direito geral, constitucionalmente garantido, a serviços de saúde de qualidade e em segurança na nossa região e em todo o país", defende o MDM .


Linha SNS Grávida um tipo de pré-triagem incapaz de avaliar riscos

O MDM considera, ainda, que "a Linha SNS Grávida vem-se comprovando um tipo de pré-triagem incapaz de avaliar riscos à distância e um obstáculo ao acesso a cuidados que se podem vir a apresentar de cariz urgente e indispensável." e critica Ministério da Saúde por apontar o contacto prévio para a Linha SNS Grávida que, afirma o MDM "é menos resposta e mais jogo de ocultação das consequências de anos de desinvestimento do SNS."

19.04.2025 - 18:10

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