bastidores

Partido Socialista – Barreiro
Comenta “O negócio do Mercado Municipal”

“É fundamental que o centro da Cidade continue a ser repensado, uma vez que a actual situação é insustentável por muito mais tempo. Foi no decurso do mandato do PS que se conseguiu trazer para o Concelho o Fórum Barreiro e que a Avenida Alfredo da Silva sofreu uma profunda remodelação, sinais evidentes de que nos encontrávamos empenhados em inverter o ciclo de estagnação que atingiu este território do município.” – refere o comunicado do Secretariado da Comissão Política Concelhia do PS Barreiro.

“Há largos meses que o Partido Socialista tem vindo a acompanhar as questões relacionadas com a localização do novo Mercado Municipal, enquadrando este processo no âmbito mais vasto da construção do Fórum Barreiro e da requalificação do centro da cidade. No decurso do anterior mandato, o executivo socialista promoveu esta operação respeitando o quadro legal e regulamentar em vigor, e assente na concretização de um loteamento que considerávamos extremamente vantajoso para os interesses da autarquia e dos barreirenses.
Nessa altura, o PCP e o PSD não revelaram qualquer tipo de pudor ao levantarem um conjunto de dúvidas e ao fazerem uma série de insinuações a respeito desta intervenção, tendo recorrido a argumentos sustentados na mais pura demagogia. Porém, neste momento deixou de ser possível levar a cabo qualquer tipo de discussão serena sobre o assunto, dado que os actuais responsáveis políticos preferem seguir uma estratégia de recorrente vitimização em detrimento da mais elementar transparência e verdadeira participação.” – refere o Secretariado da Comissão Política Concelhia do PS Barreiro.

Perceber a troca condições altamente benéficas pela inauguração de um equipamento

“A reunião da Assembleia Municipal, realizada em 25 de Junho de 2007, constituiu um exemplo claro desta forma de actuação, tendo sido marcada por um clima de crispação artificial, utilizado com o único intuito de camuflar a total ausência das informações mínimas que permitissem que a deliberação de desafectação do domínio público para o privado dos terrenos contíguos ao Mercado 1º de Maio fosse fundamentada.
Os barreirenses têm o direito de perceber o que terá levado a Câmara a trocar um conjunto de condições altamente benéficas para o concelho pela simples inauguração de um equipamento na véspera das próximas eleições autárquicas. Depois de um vendaval de críticas infundadas, segue-se agora uma gestão meticulosa do silêncio e das omissões.
Nove meses após a decisão de suprimir a terceira cave de estacionamento do Fórum Barreiro - que representou uma poupança de milhões de euros para o promotor do empreendimento e uma redução de cerca de 500 lugares de parqueamento -, continua por explicar por que motivo as questões relacionadas com o estacionamento nesta zona deixaram de ser prioritárias. No contrato de urbanização subscrito em 2004, encontrava-se igualmente previsto que as areias retiradas do Campo das Cordoarias seriam transferidas para o território objecto do Polis, constituindo uma importante poupança nos custos inerentes a esta obra.” – acrescenta o comunicado do Partido Socialista.

Inaceitável que o debate com a população não tenha servido para nada

“Os terrenos onde se encontra prevista, no PDM em vigor, o novo mercado deixaram de estar destinados à construção de equipamentos públicos, privando-se deste modo a freguesia do Barreiro de uma área de aproximadamente 2.200m² afecta a estes. Mais uma vez, continuam por quantificar os prejuízos causados ao município pelo negócio agora realizado para as Cordoarias.
Em 3 de Janeiro deste ano, foi aprovada numa sessão pública da CMB a reconstrução do Mercado 1º de Maio. No projecto inicialmente aprovado, não constava qualquer valência de estacionamento, ao contrário do que veio a ser apresentado em 29 de Maio de 2007. Estranhamente, ficámos a saber que um equipamento deste género, localizado no centro da cidade, vai ser arrendado por mil euros mês, a trinta anos, num daqueles negócios das Arábias a que infelizmente o actual Executivo já nos habituou.
O PS Barreiro considera inaceitável que o debate com a população sobre o centro da Cidade, promovido no início do mês de Maio, não tenha servido para nada, dado que o senhor Presidente da Câmara já tinha tomado todas as decisões a respeito das matérias que aí foram analisadas. Recordamos também que se encontrava prevista uma reunião extraordinária da Assembleia Municipal destinada precisamente a analisar as referidas questões. Esta nunca se chegou a realizar, desrespeitando-se mais uma vez os diferentes órgãos autárquicos do concelho.” – sublinha o Secretariado da Comissão Política Concelhia do PS Barreiro.

É incompreensível que os barreirenses continuem sem saber os custos dos estudos

“É fundamental que o centro da Cidade continue a ser repensado, uma vez que a actual situação é insustentável por muito mais tempo. Foi no decurso do mandato do PS que se conseguiu trazer para o Concelho o Fórum Barreiro e que a Avenida Alfredo da Silva sofreu uma profunda remodelação, sinais evidentes de que nos encontrávamos empenhados em inverter o ciclo de estagnação que atingiu este território do município.
A contratação do reputado arquitecto Juan Busquets é um importante passo para que se consiga imprimir uma nova dinâmica a esta discussão. No entanto, é incompreensível que os barreirenses continuem sem saber os custos dos estudos que irão ser promovidos, ou por que motivo estes não estão a ser enquadrados no âmbito da revisão do Plano Director Municipal (PDM), aliás inexplicavelmente silenciada há cerca de dois anos.
Os vectores relacionados com o urbanismo devem obedecer a princípios caracterizados pela transparência e rigor, de forma a evitarmos a repetição de situações obscuras ocorridas em outras realidades bem próximas de nós. Nestes casos, a dúvida e a opacidade da informação não são bons conselheiros. Acreditamos que ainda vamos a tempo de reequacionar estas decisões.” – salienta a finalizar o Secretariado da Comissão Política Concelhia do PS Barreiro.

2.7.2007 - 11:42

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