colunistas

A arte de bem protelar
Por Jorge Fagundes
Barreiro

A arte de bem protelar<br />
Por Jorge Fagundes<br />
Barreiro  D. Duarte, rei de Portugal da dinastia de Avis, escreveu um livro, que, por sua morte em 1.438, ficou incompleto, denominado “a arte de bem cavalgar toda a sela”.

Era, como bem se compreende pelo título, um livro essencialmente sobre o hipismo nesses tempos medievais.
Aproveitando parte do título bem se poderá escrever, nos dias de hoje, um novo livre sobre “a arte de bem protelar...a construção do novo aeroporto”.
Na verdade, há largos anos que se discute a localização de um novo aeroporto para substituir, ou complementar, o de Lisboa.
Em termos de tempo de espera, , até se pode comparar com a barragem do Alqueva que levou, apenas, cinquenta anos, para ser uma realidade.

Depois de, polémicas à parte, haver decisão da construção do novo aeroporto na zona da campo de tiro de Alcochete, tudo voltou à estaca zero.
A nova escolha na base aérea do Montijo gerou, contra a teimosia de quem pretendia que fosse essa a solução, uma bem fundamentada oposição por parte de quem bem percebe do assunto.

E, numa espécie de cada cavadela cada minhoca, aparecem, além do reavivar de pretendidas localizações antigas, outras novas em folha.
Sempre com o argumento que, ali sim, é que bem servidos ficavam os interesses do País.
Ainda sem se ter chegado à pretensão da construção de um aeroporto em cada município do Portugal metropolitano, uma coisa será certamente segura: de acordo com a velha arte portuguesa de bem protelar, o recorde de cinquenta anos da construção da barragem do Alqueva irá ser ultrapassado|

14.02.2023 - 00:09

Imprimir   imprimir

PUB.

Pesquisar outras notícias no Google

Design: Rostos Design

Fotografia e Textos: Jornal Rostos.

Copyright © 2002-2023 Todos os direitos reservados.