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AOS DOMINGOS TAMBÉM SE ESCREVE
“Sete dias, sete nomes”
Por Paulo Calhau
Gonçalo Rego: É um veterano protagonista da comunicação social barreirense.
Pedro Nunes: reeleito Bastonário da Ordem dos Médicos.
Luís Januário: Presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria.
Rafael Correia: responsável nas manhãs de sábado por “Lugar ao Sul”.
Álvaro Santos Ferreira: beirão de 35 anos. Docente no Departamento de Economia da Universidade de York.
Sigur Rós: da fria e distante Terra do Gelo.
“Sete dias, sete nomes”
Rui Tavares: conheço o jovem escritor e historiador das suas prosas no jornal Público, onde presentemente assina uma “Crónica sem dor”, magnífica. E também de incursões televisivas, recentes e estimulantes.
Parece-me um intelectual de grande inteligência e invulgar seriedade. Politicamente comprometido – sem complexos. Não esconde o seu perfil de homem de esquerda – que interroga e se interroga. Que confronta e contradiz – com clareza e frontalidade; com decência e respeito.
Aprecio o que escreve. Aconselho a sua leitura – concorde-se, ou não.
Gonçalo Rego: não apreciei e não concordei – como aliás me sucede bastas vezes – com a sua crónica “doquotidiano” de 18 de Janeiro.
É um veterano protagonista da comunicação social barreirense. Assumida e legitimamente de direita. Mas menos sério e inconsistente quando coloca no saco dos “comentadores de serviço”, “aliados” e “artífices” do PS e de José Sócrates, um vasto grupo de personalidades. De António Barreto a José Pacheco Pereira. De Vicente Jorge Silva a Ricardo Costa. Nada mais errado.
Como Director Adjunto do influente e respeitado semanário regional Margem Sul talvez se lhe exigisse outro rigor e clarividência.
Pedro Nunes: reeleito Bastonário da Ordem dos Médicos.
Nele depositei o meu voto. Não a minha esperança.
A sua vitória foi, ainda assim, um mal menor. Pelo menos, ajudei a derrotar o adversário. Leão de nome. Demagogo e populista, por vocação.
Gostaria de ter um líder diferente na minha Ordem. Com outro projecto e outra dimensão cultural. Não foi possível. Ficará para a próxima? Não creio.
Luís Januário: Presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria. Desde Outubro de 2007.
Entrevista magnífica na edição de Janeiro da revista Pais e Filhos.
Começa com palavras de invulgar beleza: “A infância é um país sagrado, um sítio que não se repete. Muito cedo na vida se torna tarde demais para conquistar aquilo que se perdeu nos primeiros anos”.
Percorre as grandes questões da Pediatria contemporânea: a pediatra social; a adolescência; a doença crónica; o modelo hospitalar e o ambulatório; a criança e as novas tendências tecnológicas.
Visão, exigência, serenidade, inteligência. Leitura indispensável e irresistível.
Também disponível em www.spp.pt/db_online/dt_result.html?rp5dt05search.
Rafael Correia: responsável nas manhãs de sábado por “Lugar ao Sul” (RDP 1, 9-11h; repete nas noites de 2ª feira, 1-3h).
“As estórias simples de gente com memória. Viagem pelo Portugal profundo. As pessoas, os sons, as histórias... sempre em direcção ao Sul”.
Serviço público radiofónico de qualidade. “Documentos magistrais de um país que os holofotes da moda mantêm escandalosamente na sombra” (Prof. Manuel Pinto, Universidade do Minho).
Ontem, fomos brindados com Porto Covo e a lembrança – óbvia – de Carlos Tê e Rui Veloso.
Sugiro uma audição.
Álvaro Santos Ferreira: beirão de 35 anos. Docente no Departamento de Economia da Universidade de York.
Um (quase) desconhecido dos portugueses. Autor de “Os mitos da economia portuguesa” (Guerra e Paz, 2007). Com prefácio de Nicolau Santos que o considera “em matéria de provocação e desconstrução da linguagem (...) ao nível dos recentes best-sellers internacionais [Freakonomics e o Economista Disfarçado].
Para um leigo em Economia, como na realidade sou, confesso que foi com prazer e o máximo interesse que percorri as suas 222 páginas.
Porque é que a Espanha é um papão? Porque é que devíamos estar gratos pela crise? Porque é que João Jardim é João Jardim?
Querem mesmo saber? Então leiam. Acho que vale a pena. E que vão gostar.
Sigur Rós: da fria e distante Terra do Gelo.
Um grupo de culto – em Portugal e na Europa – desde a edição de Ágætis Byrjun, em 1999. Uma revelação deste século.
Recordo uma noite memorável de Abril de 2001, no CCB, em concerto estrelar e inesquecível.
Em Novembro de 2007 descobri – com Nuno Galopim, na FNC do Chiado – o último DVD da banda, Heima [em português: casa]. Comprei-o esta semana. Bucólico, terno, mágico.
Depois de Heima, um desejo por concretizar: descobrir a Islândia e o seu povo.
Barreiro, 20 de Janeiro de 2008
Paulo Calhau
(paulocalhau@netcabo.pt)
20.1.2008 - 1:40
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