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NA ASSOCIAÇÃO SALGUEIRO MAIA - SANTARÉM
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “DA GUERRA NUNCA SE VOLTA”
Armando Sousa Teixeira - Barreiro

NA ASSOCIAÇÃO SALGUEIRO MAIA  - SANTARÉM<br />
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “DA GUERRA NUNCA SE VOLTA”<br />
Armando Sousa Teixeira - Barreiro Tinha tudo para correr bem! Uma grande mesa com 45 convivas num almoço de fraternidade entre ex-militares milicianos e ex-militares profissionais e suas famílias.

Como é sabido, fazem-se muitos convívios por esse país fora, de Batalhões e Companhias que estiveram na Guerra Colonial, nem sempre porém com o espírito solidário das “estórias” que se ouviram à mesa do Restaurante “Taberna do Quinzena” (bom serviço!) com um traço comum – serem pela paz e enaltecerem o 25 de Abril.

Os anfitriões da Associação Salgueiro Maia receberam-nos nas suas modestas instalações, completamente lotadas, depois da evocação da partida da coluna comandada pelo capitão de Abril, na madrugada do dia 25 de Abril de 1974.

À saudação do presidente da ASM seguiram-se as intervenções do autor sobre, “A resistência dos milicianos nas Forças Armadas”, outras intervenções convidadas e as brilhantes alocuções de Domingos Lobo e de Moisés Cayetano sobre o livro em apreço, “Da guerra nunca se volta”.

Num assunto tão complexo e profundo como é a Guerra Colonial (1961/74), vivida por mais de um milhão de jovens portugueses em África, com tantas feridas que nunca saram, como diz o historiador espanhol convidado (artigo em anexo), surgiram na mesa e na plateia repleta e atenta, visões distintas e opiniões contraditórias.

O excessivo prolongamento e o carácter repetitivo de algumas intervenções impediram na parte final que se ouvissem outros contributos preciosos, como o dos autores e vivenciadores das trágicas fotos da capa e dos cartazes que têm anunciado as várias sessões de apresentação.

Também a animação musical em complemento dos excelentes momentos de poesia foi prejudicada, mas os sentimentos e as paixões que o tema arrasta, relevam as incongruências no final duma boa jornada vivida por tanta gente amiga vinda de longe, solidária e calorosa na tarde de sol que vai animando as memórias dos 50 anos de Abril em comemoração. E tão necessárias elas são para o presente e o futuro do nosso país!

Armando Sousa Teixeira

26.02.2024 - 00:05

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