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BARREIRO - DEBATE «A INTERCULTURALIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR»
«Não se pode retirar recursos e tempo para a criatividade»
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Moderado por Pedro Santarém, da Associação Africana do Barreiro, o debate teve como primeiro interveniente a Vereadora da Educação, Cultura e Intervenção Social da Câmara Municipal do Barreiro, Regina Janeiro. A Autarca explicou que, todos os anos, a CMB trabalha, com as escolas, um tema, sendo o deste ano letivo Identidades – Encontro de Culturas. “O Barreiro é um somatório de culturas”, referiu Regina Janeiro, lembrando que este Concelho acolheu “gente vinda de muitos lados. Não somos todos nascidos e criados no Barreiro”. Neste sentido, pretende-se, com este projeto e a promoção de diversas iniciativas dar a “conhecer a diversidade”. Regina Janeiro terminou a intervenção convidando o público presente – essencialmente alunos, professores e encarregados de educação – a participar no VI Festival Encontros, que decorre de 8 a 10 de maio, na Praça de Santa Cruz.
Manuela Espadinha referiu que “é com orgulho que trabalho há 30 anos no Agrupamento de Escolas de Santo António”, recordando que “as mutações sociais têm sido muitas nos últimos anos, sendo as escolas umas micro sociedades”. Explicou que o Agrupamento é TEIP – Territórios Educativos de Intervenção Prioritários e, no âmbito dos projetos desenvolvidos, já recebeu o Prémio de Mérito Institucional e louvores individuais pelo Ministro da Educação e Ciência.
Referiu que o Agrupamento “tem características que merecem uma atenção especial. Mas não gosto de cruzar braços e considero que as dificuldades aguçam o engenho”. Manuela Espadinha salientou que “quando temos todos os dias crianças de etnia cigana e de outros países, a escola tem de arranjar recursos para lhes dar o que elas precisam. Tem de haver uma escola para todos e uma escola para cada um”.
Falou sobre o trabalho desenvolvido pelo Gabinete de Intervenção Social e Psicológica e das atividades promovidas no contexto escolar e na comunidade, em termos de mediação sociocultural, intervenção social e apoio concedido aos alunos individualmente, ações de sensibilização e valorização da diferença e da inclusão e promoção de outras culturas.
“Queremos que todos aprendam com estratégias diversificadas. E que sejam bons cidadãos, preparados para a vida”, referiu Manuela Espadinha.
António Brito Guterres salientou a importância de estudar o território em que a escola se insere. E acrescentou que a sociedade “está a mudar muito depressa”, embora todo o “aparato político-administrativo seja muito mais lento do que a dinâmica das pessoas”. “Como é que a escola vai abrir espaço para que estas pessoas com diferentes caraterísticas participem?”.
António Brito Guterres considera que nas escolas que acolhem alunos oriundos de diferentes países e etnias “não se pode retirar recursos e tempo para a criatividade e possibilidade de lidar com estas mudanças”.
Apresentou um projeto que está a ser desenvolvido numa escola da Grande Lisboa: “Young (he)Art”, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian ao abrigo do Programa Cidadania Ativa. “É um projeto que pretende entrar na sala de aula em contexto curricular”, referiu. Neste âmbito são convidados para as aulas “pessoas destacadas no contexto social e cultural dos alunos”, são promovidas atividades que enriquecem os alunos (teatro, artes visuais, etc.), são desenvolvidos trabalhos de melhoria do espaço coletivo da escola, de modo a “construir um projeto curricular de combate ao abandono”.
Fonte - CMB
07.05.2015 - 16:44
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