as escolas
Escola Secundária de Casquilhos - Barreiro
Projeto Erasmus+ D.E.M.O.S em Tervuren, Bélgica

Chegados à terra do chocolate, da cerveja, das batatas fritas, das waffles, do Tintin, dos Estrunfes, de Magritte e de tantas outras maravilhas, logo cada elemento do grupo de alunos foi acolhido num lar, na companhia da família do estudante belga que seria, durante toda a semana, o cicerone principal de cada um dos estudantes portugueses. Mas se a cultura belga esteve no centro de todas as atenções, certo é que outras diferentes culturas estiveram presentes, já que o projeto envolveu alunos de outros países: Chipre, Bulgária, Espanha e Itália.
Durante a semana houve diversas atividades culturais, tais como a visita a Bruxelas, Bruges e Leuven. Em Bruxelas visitou-se o Parlamento Europeu onde, através de um jogo de “role-play”, se pôde experienciar o trabalho de um representante do Parlamento Europeu durante uma manhã. Com a divisão do grupo em diferentes partidos, com diversas escalas de poder, foi confiada uma tarefa a cada um, com o objetivo de se chegar a um acordo em relação a várias propostas apresentadas; isto revelou ser bastante desafiante, devido à diferença de ideais entre os partidos, o que tornou muito difícil a chegada a um acordo/consenso. No entanto, apesar das dificuldades enfrentadas, conseguiu-se aproveitar esta educativa experiência. Como mencionado anteriormente, este projeto foi uma incrível oportunidade de aprendizagem e de consciencialização para o facto de os representantes políticos, por vezes, terem de percorrer um longo percurso até à tomada da decisão final, pois o chegar a uma decisão nem sempre é fácil, já que são inúmeras as variáveis a ter em atenção.
No último dia, para além da continuação do trabalho iniciado dias antes na escola anfitriã, visitou-se o Museu Real da África Central, que conta a história política e colonial entre a Bélgica e a República Democrática do Congo. É aqui colocado o foco na parte cruel da história que, ao longo de muitos anos, se procurou omitir. Só nos últimos 50 anos se começou a dar a conhecer, sobretudo no próprio ensino da História, que nem tudo o que a Bélgica fez na República Democrática do Congo foi da forma mais correta. Antes deste período recente pensava-se que a Bélgica tinha trazido paz, prosperidade e riqueza àquele país. Hoje sabe-se que os belgas levaram consigo guerra, pobreza e destruição.
Com a participação neste intercâmbio conseguiu-se abrir horizontes, percebendo-se o papel importante que cada um deve ter na sociedade, para que esta seja cada vez mais livre, democrática e pensante. Aliás, já René Magritte o procurava fazer com as suas pinturas há várias décadas. A propósito da pintura de um cachimbo, afirmava ele “Ceci n´est pas une pipe”.
Bruna Navalho, 10º C
Rodrigo Costa, 10º C
Tiago Caldeira, 10º A
Vasco Correia, 10º C
Nota: “Projeto financiado pela Comissão Europeia. A informação contida nesta publicação vincula exclusivamente o autor, não sendo a Comissão responsável pela utilização que dela possa ser feita.
10.05.2022 - 10:20
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