reportagem
Comunidade Educativa do Barreiro e Moita
Afirma que municipalização coloca em causa a escola pública
Rui Garcia, presidente da Câmara Municipal da Moita, recordou que, no concreto, o sistema educativa no país – “está degradado”, perdeu recursos ao nível de recursos humanos e com a degradação de equipamentos.
Cerca de 100 pessoas ligadas a diversas áreas da Comunidade Educativa, participaram, hoje à tarde, no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, no debate tendo como tema :«“Municipalização” da Educação?», uma iniciativa, promovida pelos Conselhos Municipais de Educação do Barreiro e da Moita e por Grupo de Professores em Defesa da Educação Pública e Universal.
Municipalização coloca em causa a escola pública
Carla Marina, do Grupo de Professores em Defesa da Educação Pública e Universal, referiu na abertura que os professores, agora reformados, ao longo da sua actividade – “habituaram-se a lutar pela escola pública” e por essa razão – “estamos presentes, preocupados com essa ideia de descentralização e essa confusão com municipalização ”.
“Esta municipalização coloca em causa a escola pública e a autonomia da escola e do Poder Local”, salientou.
Dar o odioso às Câmaras
Rui Garcia, presidente da Câmara Municipal da Moita, expressou a solidariedade com o movimento dos professores em defesa da escola pública.
Referiu que a descentralização “é possível e desejável”, desde que seja “uma verdadeira descentralização”, com uma “distribuição equitativa de recursos e competências”.
Recordou que, no concreto, o sistema educativa no país – “está degradado”, perdeu recursos ao nível de recursos humanos e com a degradação de equipamentos.
“É isto que querem transferir para as autarquias”, disse, acrescentando que – “isto é alijar de responsabilidades do Estado e dar o odioso às Câmaras”.
Salientou que na Câmara Municipal da Moita existe uma tomada de posição, por unanimidade, de todas as forças politicas, contra esta descentralização.
Objectivo é a fragilização do país
Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, referiu que as autarquias no concelho do Barreiro têm tomado posição sobre a descentralização, não sendo unânime, dado a posição contra dos eleitos do partido que apoia o governo.
O edil defendeu que esta matéria deve ser analisada e encontrar-se um caminho – “não podemos fazer o que nos querem impor de cima para baixo, quando a vida já demonstrou o contrário que deve ser ao contrário”.
O presidente da Câmara Municipal do Barreiro salientou que – “isto não é um facto isolado, insere-se num conjunto de coisas que fazem parte do mesmo caminho” cujo objectivo é a “fragilização do país”.
O autarca sublinhou que –“ a Educação é fundamental para a formação humana” e valorização da cultura e identidade do país.
Referiu se em cada concelho ao nível de Educação se faz o que se quer este é um passo para acabar com a identidade nacional.
Como exemplo, referiu, sendo Comunista, e caricaturando, afirmou que podia colocar como obrigatório o ensino do «Marxismo-Leninismno”, mas outro presidente de Câmara podia tornar obrigatório o ensino do “fascismo”.
Petição on line
Nesta iniciativa participaram como oradores Mário Nogueira, Secretário-Geral FENPROF, José Calçada, Presidente da Direcção do Sindicato dos Inspetores da Educação e do Ensino (SIEE).
Carla Marina divulgou que foi lançada uma petição pública, disponível para assinar online em
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT76868.
29.04.2015 - 19:20
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