reportagem

APDASC SUMMIT 2023 NO BARREIRO
Os animadores culturais devem envolver a cidade nos Bairros e os bairros na cidade.

APDASC SUMMIT 2023 NO BARREIRO<br />
Os animadores culturais devem envolver a cidade nos Bairros e os bairros na cidade. O auditório da Escola Superior de Tecnologia no Barreiro, recebeu no passado sábado, dia 25 de fevereiro, o APDASC SUMMIT 2023, uma iniciativa que visou abordar diferentes matérias relacionadas com a actividade dos Animadores Culturais, divulgando boas práticas e projetos Inspiradores que estão a concretizar-se no terreno.


Esta uma iniciativa que se realiza todos os anos, em diferentes localidades do país, sendo dinamizada pela APDASC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação.
Este ano, a EPBJC – Escola Profissional Bento Jesus Caraça do Barreiro conseguiu trazer o APDASC SUMMIT para a nossa cidade, contribuindo desta forma para “criar sementes futuras” aos alunos da escola que, através da vivência deste evento, puderam conhcecer experiências e estabelecer contactos com profissionais da área da Animação Sócio Cultural.
O evento proporcionou, igualmente, a participação activa de alguns alunos do 10º, 11º e 12º ano do curso de Animação Sociocultural, lecionado na EPBJC do Barreiro, que se envolveram na organização.
O Programa do APDASC SUMMIT 2023 decorreu durante todo o dia, quer com actividades lúdicas, quer com debates de ideias, assim como a apresentação espontânea de projetos e ideias.

Animador cultural que conta anedotas e recusa ser palhaço

O jornal Rostos acompanhou parte dos trabalhos, nomeadamente o momento de vivência de «Dinâmica de grupo», proporcionado por Débora Fernandes, Técnica Superior de Animação Sócio Cultural, que de forma muito positiva demonstrou, na prática, a importância e o papel de um animador cultural, colocando os presentes a sorrir, a imaginar que se movimentavam numa montanha russa, fazendo a plateia interagir, e motivando a pensar sobre a diversidade de formas de intervenção do animador cultural que percorrer o país, que trabalha com jovens, crianças e idosos, que conta anedotas – “mas que recusa ser palhaço” – que faz das suas mãos um barco, que promove projectos intermináveis, que sente ou pode sentir que tem um papel politivo e cultural e até sonha que pode mudar o mundo.

O nosso papel é promover o envolvimento

Seguiu-se uma Mesa Redonda, no decorrer da qual forma apresentados Projetos Inspiradores de Boas Práticas de Animação Cultural
Mónica Duarte, Chefe de Divisão da Cultura da Câmara Municipal de Setúbal, deu a conhecer a linhas centrais da estratégia desenvolvida na cidade de Setúbal visando promover a criação artística.
Começou por recordar que iniciou o seu trabalho de Animação Cultural, no Barreiro, num espaço conhecido por «El Matador», em actividades direcionadas para a Juventude. Por outro lado, salientou que a sua tese de licenciatura resultou do trabalho que realizou na Quinta da Mina, com a comunidade cigana, na qual procurou valorizar a importância de conhecer a comunidade – “temos que conhecer a comunidade partilhar as suas vidas, na habitação, na saúde e sobretudo na sua cultura”.
Recordou o papel dos animadores culturais no Barreiro no promover a participação, no lançar desafios, dando o exemplo do DIA B, em torno do qual se juntaram milhares de pessoas, em trabalho voluntário a desenvolver projectos de valorização da cidade.
“O nosso papel é promover o envolvimento”, disse.

As cidades no Bairro, os bairros na cidade.

Mónica Duarte, sobre a estratégia de Setúbal Cidade de Criação Artistica, sublinhou que - “uma cidade de criação artística é mais que uma cidade de cultura”, porque a criação artística tem que envolver a comunidade, é um desafio lançado à cidade é uma “viagem de sentimentos”.
As residências artísticas, as bolsas de criação artistica, são vários projectos que envolvem a comunidade.
Mónica Duarte salientou que a estratégia cultural tem que ser desenvolvida numa dimensão municipal – “sou contra guetos, o só trabalhar para Bairros” é preciso “desenvolver projectos para a cidade” as cidades no Bairro, os bairros na cidade.

Através da arte estabelecer um ponto de ligação

Viviana Martins, da Fundação AGA KAN, que está a desenvolver um Projecto de desenvolvimento comunitário, na Quinta do Loureiro, em Alcântara, Lisboa, estando envolvida em vários prjectos.
Sublinhou que o seu objectivo é encontrar pessoas na comunidade que tenham ideias, que tenham projectos e que tenham iniciativas para partilhar com a comunidade, valorizando desta forma o sentimento de pertença e de valorização da identidade do Bairro, porque tem vindo a perder-se o sentimento de vizinahnça.
Deu a conhecer o projecto “Gitanes do Bairro”, porque o bairro é uma comunidade com pessoas de origens diferentes, procurou-se através da arte estabelecer um ponto de ligação, onde a linguagem é universal.
“Nas expressões artísticas uma forma de se expressarem, nas expressões artísticas as pessoas encontram uma linguagem comum”, disse.

Boas práticas de teatro com pessoas com deficiência

Luís Rodrigues, da Cooperativa Cultural GlocalMusic, divulgou uma projecto dinamizado na áreas do Teatro e das Artes, direccionado para pessoas com deficiência, é um projecto europeu, com vários parceiros na Europa, que visa criar metodologias e novas abordagens às artes por pessoas deficientes.
O projecto teve como base um texto de José Saramago – “A ilha Desconhecida”, a partir do qual foi montada uma peça de teatro, utilizando diferentes técnicas, para produzir boas práticas de teatro com pessoas com deficiência, para pessoas com deficiência.
As técnicas teatrais foram sistematizadas, utilizando recursos informáticos, técnicas digitais, para provocar estímulos sensoriais, por exemplo, a pessoas que não falam – “a peça de teatro já foi representada em diferentes países”.

O fim do mundo : música, teatro, dança e a pintura

Por outro lado, divulgou o projecto Glocalmente, no qual os artistas trabalham na produção artistica, com base num tema – O Fim do Mundo – como nós reagiríamos perante um cenário de fim do mundo e como nós podemos evitar que isso aconteça, tudo, num trabalho artístico que junta música, teatro, dança e a pintura.
O projecto vai ser apresentado em cada país e o Festival de Encerramento será em Portugal.

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03.03.2023 - 00:14

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