reportagem
Ministro das Finanças, Fernando Medina no Barreiro
Pretendemos que esta região não seja dormitório da cidade de Lisboa

. Não há razão nenhuma para não se resolver rapidamente o problema dos silos
Fernando Medina, Ministro das Finanças, referiu que a zona da Baía do Tejo, no Barreiro, tem que ser uma zona de novas empresas, novas actividades, “paredes meias com o que pode ser uma zona de habitação, de habitação acessível, que possa servir para quem aqui trabalha, possa viver aqui”.
Ontem à tarde, no decorrer do programa «Governo + Próximo», o Ministro das Finanças, Fernando Medina, no âmbito da apresentação do Projecto do Arco Ribeirinho Sul, efectuada na Baía do Tejo, no Barreiro, “não é enésima apresentação”, mas, significa, amanhã, no Conselho de Ministros apresentar a tomada de um conjunto de decisões que “marcam o arranque dos aspectos concretos e nucleares para o desenvolvimento de toda esta região”.
Fernando Medina sublinhou que os laços que resultaram da elaboração deste projecto, um trabalho conjunto, “são hoje mais fortes”, “mais sólidos” e “mais partilhados”.
Considerou em primeiro lugar foi essencial a partilha da visão, que foi o mais fácil conseguir – “o que todos pretendemos é que esta região não seja dormitório da cidade de Lisboa, mas que seja sim um grande polo gerador de emprego, altamente qualificado, capaz de propiciar melhores salários, melhores condições de vida, oportunidades de vida para os jovens, cada vez melhor formados no nosso país”.
Um referencial de qualidade de vida
O Ministro das Finanças, em segundo lugar, salientou que o projecto tem que ser “um referencial de qualidade de vida, da qualidade de vida que, hoje, nos modernos espaços urbanos se exige, e, é condição essencial, a sua competitividade, que seja capaz de propiciar condições para a fixação das pessoas e das actividades de forma sustentável ao longo do tempo e com tudo o que isso significa com condições ao nível da Habitação Acessível, da construção de equipamentos, da construção de modernas infraestruturas de transporte público”.
Primeira medida a descontaminação dos solos
Esta foi a visão acordada entre todos, disse Fernando Medina, mas são precisos “passos concretos”, identificando com clareza os obstáculos, que impediram durante décadas que este processo andasse, por isso, esta nova decisão é uma “mudança de paradigma”.
Por essa razão a primeira medida será disponibilizar as verbas, através do fundo ambiental, para a descontaminação dos solos – “é precisamente aqui que tem residido um dos principais obstáculos”.
Este disse é um trabalho que irá ser feito em parceria com o Ministro do Ambiente.
Em segundo lugar, o Ministro das Finanças apontou a importância de no território definir a integração das áreas industriais, áreas de comércio, áreas de serviços, que permitam a concretização dos investimentos nesta estratégia.
Em terceiro lugar, referiu a necessidade da definição dos principais investimentos públicos, e não só a sua definição, como a concretização desses investimentos, como a realização das “velhas ambições das pontes”, que alterarão por completo a forma de mobilidade em todo este território, assim como a expansão do Metro do Sul do Tejo, com ligação a Alcochete e depois à Costa da Caparica.
Resolver o problema dos silos
Fernando Medina, salientou uma outra linha de acção, a construção da via ribeirinha de ligação de Alcochete até Almada, que marcará um padrão de qualidade de vida neste território.
O Ministro das Finanças, referiu a importância de serem dados passos concretos para que as populações sintam que “isto está mesmo a acontecer”, referindo alguns casos que são visíveis, dando o exemplo que – “não há razão nenhuma” para que o governo que sucede ao governo que conseguiu a transferência para a Câmara de Lisboa a Estação Sul e Sueste, “não seja capaz de fazer o mesmo para a sua gêmea a Estação Sul e Sueste do Barreiro, , e permitir que ela se requalifique e possa servir exactamente o mesmo propósito que desempenha, a sua irmã, do outro lado do Tejo.
“Não há razão nenhuma para que nós não possamos, rapidamente, resolver o problema dos silos” , que estão desactivados – “dando um primeiro exemplo do que é a marca de um avanço para um projecto desta dimensão”.
E, acrescentou, também não há nenhuma razão para que, com a Câmara Municipal de Almada, não se resolva as instalações para o Clube Naval.
Esta região é um motor da economia nacional
Referiu que esta zona, da Baía do Tejo, tem que ser uma zona de novas empresas, novas actividades, “paredes meias com o que pode ser uma zona de habitação, de habitação acessível, que possa servir para quem aqui trabalha, possa viver aqui”.
Fernando Medina disse que, este dia é um dia de um profundo significado, agradeceu a todos os presidentes de Câmara o envolvimento e empenho neste projecto.
Recordou que o conjunto dos territórios do Arco Ribeirinho Sul – Almada, Seixal e Barreiro, são mais de 525 hectares.
Um projecto que disse, é um bem da economia da região e também um bem da economia do país – “esta região é claramente um motor da economia nacional”.
S.P.
30.03.2023 - 00:26
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