reportagem

Na Casa Fernando Pessoa em Lisboa
Beatriz Nunes, do Barreiro, apresentou o novo disco “Livro de Horas”

Na Casa Fernando Pessoa em Lisboa<br />
Beatriz Nunes, do Barreiro, apresentou o novo disco  “Livro de Horas” No passado dia 27 de Maio, sábado, pelas 17h, na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, foi apresentado o novo disco de Beatriz Nunes, “Livro de Horas”, com Luís Barrigas no piano, Mateja Dolsak no saxofone, Jorge Moniz na bateria e Mário Franco no contrabaixo. Participaram ainda duas convidadas, Edvania Moreno no violino e Femme Falafel, que também cantou com a Beatriz um tema da sua autoria, que integra o disco.

Segundo Beatriz Nunes: “A ideia do meu disco foi pensar o que é que seria o meu próprio “livro de horas”, quais são as minhas orações, quais seriam os assuntos que me preocupam e pelos quais eu gostaria, nesta ideia de oração, de aspirar por alguma coisa. Que assuntos seriam esses - isso foi um pouco o ponto de partida para a investigação, para a pesquisa do disco.” e ainda “O disco é uma experiência estética, mas ela está impregnada da minha vivência e destes assuntos que me interessam. A questão é que eu estou muito consciente sobre eles e sei quais são, sei de onde é que eu venho e onde me posiciono.”
A primeira amostra deste novo disco, o tema “As Bruxas”, está disponível no Youtube.

Nascida no Barreiro em 1988, Beatriz Nunes tem-se afirmado na cena musical nacional como cantora e compositora. Paralelamente tem desenvolvido trabalho no ensino e como investigadora, com o foco particular na desigualdade de género no jazz.
Editou em 2018 o seu primeiro trabalho, em nome próprio, intitulado “Canto Primeiro”, constituído por temas seus, novos arranjos para algumas canções clássicas como a “A canção da paciência” de José Afonso, e criações para poemas de outros poetas portugueses contemporâneos.
Em abril de 2021, com Paula Sousa, piano, André Rosinha, contrabaixo, resultou no projeto do trio “À Espera do Futuro”. O álbum foi escrito durante o período de restrições devido à pandemia de COVID-19 e trata de temas sociais e políticos emergentes no período, trazendo canções inéditas dos músicos.
Tornou-se vocalista do grupo Madredeus em 2011 com quem gravou dois álbuns, “Essência” e “Capricho Sentimental”. Ao mesmo tempo, mantém actividade em nome próprio, com apresentação de repertório de Jazz e música portuguesa.
Começou a cantar com apenas 9 anos no Coro da Academia dos Amadores de Musica de Lisboa, onde também estudou guitarra clássica. Entre 2004 e 2011, cursou canto no Conservatório Nacional de Lisboa e em 2014, concluiu a licenciatura em Música-Jazz variante Voz, na Escola Superior de Música de Lisboa. Ao concluir a licenciatura, recebeu uma bolsa do New York Voices Summer Camp em Toledo, Ohio, (EUA) onde estudou técnica vocal e composição.
É também mestre em ensino da música pela Escola Superior de Música de Lisboa, onde defendeu a dissertação intitulada “O impacto do género na confiança e ansiedade na aprendizagem de improvisação jazz”.
A par destas atividades dedica-se também ao ensino, foi professora de canto na Escola de Jazz do Barreiro e na Escola Profissional Ofício das Artes em Montemor-o-Novo.
Em 2018, foi agraciada pelo jornal Rostos com o prémio “Rosto do Ano” na área da música, prémio atribuído pelo seu contributo para a divulgação e valorização do concelho do Barreiro.

Anabela Carreira

VER FOTOS
https://www.facebook.com/media/set/?vanity=jornalrostos&set=a.698982618902222

29.05.2023 - 23:25

Imprimir   imprimir

PUB.

Pesquisar outras notícias no Google

Design: Rostos Design

Fotografia e Textos: Jornal Rostos.

Copyright © 2002-2023 Todos os direitos reservados.