reportagem

Carlos Duarte Presidente da AG da SDUB “Os Franceses”
Coletividades espaço de fraternidade têm que voltar a ser o foco dos próximos tempos

Carlos Duarte Presidente da AG da SDUB “Os Franceses”<br>
Coletividades espaço de fraternidade têm que voltar a ser o foco dos próximos tempos . SDUB »Os Franceses» galardoada pela Confederação

“Ao olharmos à nossa volta encontramos a comunidade barreirense em profunda mutação. Chegam até nós, não os cidadãos de outrora provenientes do Alentejo ou das Beiras, mas sim da China, Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe, Bangladesh, Brasil, e muitas mais nacionalidades”, afirmou Carlos Duarte, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da SDUB «Os Franceses», no decorrer da sessão Solene evocativa do 153º aniversário daquela velhinha associação barreirense, alertando para a importância do associativismo para garantir a coesão social.

Ontem, no decorrer Sessão Solene 153º Aniversário da SDUB ”Os Franceses”, Carlos Duarte, Presidente da Mesa da Assembleia Geral, recordou que ao comemorar mais um aniversário da Sociedade Democrática União Barreirense “Os Franceses” celebra-se não só uma coletividade . “mas de uma das maiores IPSS do concelho do Barreiro, que alberga vários trabalhadores, dando respostas à comunidade, e substituindo-se ao estado em importantes segmentos tão necessários às populações.”

Sector social contribui para a harmonia e coesão social

“O sector social é um dos maiores empregadores privados e de atividade vital para a economia local e também, por via da sua missão solidária, contribui decisivamente para a harmonia e coesão social, suprindo as falhas e lacunas e respondendo às necessidades da população.
Ao comemorar o seu centésimo quinquagésimo terceiro aniversário, é com Esperança no Porvir, que continua a responder aos desafios que lhe são colocados, mantendo a Creche, o Jardim de infância, o 1º ciclo, o Ballet, a música, a Natação, a Cantina Social, entre outros projetos de relevo.”, sublinhou Carlos Duarte.

Comunidade barreirense em profunda mutação

“ Vivemos numa época de grandes mudanças e dificuldades. Mudanças geo-políticas, sociais, económicas, cientificas e técnicas, de novas simbolizações, mudanças de época, com inevitável extremar de posições, intolerância e indiferença para com os outros.
Ao olharmos à nossa volta encontramos a comunidade barreirense em profunda mutação.
Chegam até nós, não os cidadãos de outrora provenientes do Alentejo ou das Beiras, mas sim da China, Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe, Bangladesh, Brasil, e muitas mais nacionalidades”, afirmou o Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

Coletividades espaço de fraternidade têm que voltar a ser o foco dos próximos tempos

“Estes novos tempos, exigem novas respostas, como são exemplo a habitação e o emprego, e sem as quais, estaremos a colocar o indivíduo e o coletivo, em risco, e a contribuir para uma convulsão social que se agudiza.
O papel outrora desempenhado pelas nossas Coletividades, espaço de encontro, de convívio, de afetos e de fraternidade, em que todos contavam, tem que voltar a ser o foco dos próximos tempos, pois não podemos subestimar, a verdadeira razão da sua existência.”, disse.

Mediocridade e a falta de escrúpulos de tantos políticos

“Estamos perante uma sociedade onde a mediocridade e a falta de escrúpulos de tantos políticos por esse país e mundo fora, são o espelho do desprestigio da liberdade e da democracia, sem nos darmos conta que para essa mediocridade, colaboramos muitas vezes com o nosso alheamento e desprezo.
Por isso é tão importante estarmos envolvidos e intervirmos e não nos conformarmos com tudo o que nos apresentam.”, acrescentou Carlos Duarte.

Alheamento dos associados pela vida da coletividade

“Assistimos cada vez mais, a um alheamento dos associados pela vida da coletividade, encarando-a apenas como um local de prestação de serviços para as suas necessidades.
Por isso, deixo aqui o meu apelo para que se envolvam mais na vida associativa, para que se envolvam e disponibilizem a fazer parte dos órgãos sociais, porque acreditem, apesar de ser uma honra, não é fácil nem saudável, estarmos nestes órgãos 10/15 ou mais anos.”, salientou o Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

Respeito pelo trabalho, valores e princípios que herdamos

“O lugar da SDUB é no coração dos Barreirenses, na compreensão do sentido coletivo, na resposta às necessidades da população, seja na certeza da segurança de nos confiarem os filhos na Creche ou no Jardim de Infância, seja no prazer de uma aula de ballet ou de um concerto de ano novo, seja no respeito pelo trabalho, valores e princípios que herdamos dos que nos antecederam nos 153 anos da vida associativa desta casa, e que nos distingue das demais coletividades e associações.
Hoje, ao comemorarmos mais um aniversário, evocamos novamente aqueles que tanto fizeram por esta instituição, tantas e tantas vezes com prejuízo das suas famílias e do seu descanso, para servir o bem comum, o bem coletivo, os outros, pondo sempre o TU à frente do EU. “, salientou Carlos Duarte.

175 anos da fundação da Sociedade Filarmónica Barreirense

Nas várias intervenções registadas, o Presidente da Direcção da SDUB «=s Franceses» evocou a memória de Carlos Bóia, atleta olimpico barreirense, associado da SDUB, recentemente falecido.
Recordou que este ano são celebrados os 175 anos da fundação da Sociedade Filarmónica Barreirense, que está na génese da fundação da SDUB e da SIRB «Os Penicheiros».
Este um tema, igualmente, abordado por Carlos Antunes, presidente da Direcção da SIRB «Os Penicheiros», que sublinhou a importância dos laços interassociativos que unem as duas colectividades centenárias.
Daniel Ventura, da Associação de Colectividades do Barreiro, sublinhou que o Movimento Associativo Popular é forte, tem muita dignidade e muita força, estando empenhado em celebrar os 50 anos do 25 de Abril.
João Lampreia, da União de Freguesias do Barreiro e Lavradio, recordou que frequentou os antigos bailes da SDUB e que a colectividade faz parte da história do Barreiro.
Jorge Escoval, da Confederação das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, salientou que actualmente existem 34 mil colectividades em Portugal, das quais cerca de 50% nasceram após o 25 de Abril, e contam com cerca de 450 mil dirigentes eleitos, por fim, recordou que estão sendo comemorados os 100 anos da Confederação.
Rui Pereira, Vereador da Câmara Municipal do Barreiro, sublinhou o papel do voluntariado nas associações e divulgou que dia 22 de outubro, na SFAL, será divulgado um CD, com os hinos de diversas colectividades do concelho do Barreiro.

SDUB «Os Franceses» galardoada pela Confederação

De referir que a sessão solene começou com uma brilhante intervenção musical da Banda Municipal do Barreiro que, também tocou o Hino da SDUB “Os Franceses”.
Na Sessão a Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, agraciou a SDUB «Os Franceses», com o Galardão de Reconhecimento Associativo de 150 anos.
No final foi prestado o reconhecimento e homenageados os associados que completaram 25 e 20 anos de vida associativa, cortou-se o bolo de aniversário e cantou-se os parabéns.

S.P.

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15.10.2023 - 09:38

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