reportagem
Palmela - Conferência “Importância das Parcerias para o desempenho Ambiental”
Promoção de parcerias uma marca da gestão da SIMARSUL nos seus 20 anos
Realizou-se ontem, na Biblioteca Municipal de Palmela, a Conferência com o tema : “Importância das Parcerias para o desempenho Ambiental”, uma iniciativa realizada em conjunto pela SIMARSUL e Câmara Municipal de Palmela.
Esta conferência integra o ciclo que tem vindo a decorrer, em vários concelhos da Península de Setúbal, no âmbito das comemorações dos 20 anos da SIMARSUL.
Parceria está no adn da região
Na sessão de abertura, Álvaro Amaro, Presidente da Câmara Municipal de Palmela, salientou que o tema da conferência é parte integrante da cultura da Península de Setúbal, e em especial de Palmela, “está no adn da região”, porque é uma mais valia o desenvolvimento de trabalho concertado.
O distrito não seria o mesmo sem a existência esta cultura local de parcerias, nomeadamente entre a Simarsul e o Poder Local, sublinhou o autarca.
Álvaro Amaro recordou que no concelho de Palmela, com 465 Km2, marcado por áreas rurais, industriais e urbanas, existiu uma primeira estação de tratamento de águas residuais, mesmo antes de existir Simarsul.
Sublinhou, que o concelho nos últimos censos foi dos que mais cresceu no país, sendo esta realidade uma pressão demográfica, que coloca desafios sendo necessário garantir as infraestruturas para todo o território –“esta uma realidade que exige muitos esforços e investimentos”, disse.
O interesse público é também o interesse privado.
Álvaro Amaro, referiu que vivemos tempos de mudança, um novo paradigma, que coloca a necessidade de preservarmos os recursos e entramos numa fase que se coloca a necessidade de reaproveitamento da água – “ temos que fazer depressa o que já devíamos ter feito”.
Na sua intervenção, salientou como exemplo de “caso de estudo”, a parceria entre o sector privado e o sector público, que apontou com um caso de sucesso, o projecto de tratamento de águas residuais da empresa Ermelinda de Freitas, empresa que assumiu a sua responsabilidade ambiental, sendo este um caso que demonstra como o interesse público é também o interesse privado.
A finalizar o autarca expressou o desejo que a criação da NUT de Setúbal possa contribuir para continuar a desenvolver as estratégias de desenvolvimento de uma região sustentável.
SIMARSUL coloca seu conhecimento ao serviço da região
José Manuel Sardinha, vice Presidente do Grupo Águas de Portugal recordou que desde a primeira hora a SIMARSUL inseriu a palavra parceria na sua actividade, quer com os municípios, quer com o tecido empresarial da região.
Recordou que há 20 anos, não havia a palavra parceria não era o que é hoje, mas, foi essa realidade que contribuiu para realizar um conjunto de projectos com impacto na região, dando o exemplo da criação da maior rede de reutilização de água do país, com uma extensão de 160 km de rede, enquanto noutros pontos do país está na ordem dos 10km, isto, disse, foi possível pela aposta na reutilização de água, feita pela SIMARSUL e pelos municípios, com um investimento na ordem de 2 milhões de euros, que actualmente seria impossível – “este é um exemplo de parcerias”.
Na sua intervenção recordou outros exemplos pioneiros da SIMARSUL, com o tecido empresarial, referindo o caso de tratamento dos efluentes das Queijarias de Azeitão, um esforço de investimento , que beneficiou as queijarias, a Simarsul e as empresas, ganhando o ambiente e a economia da região.
Também referiu o acordo como Estado, visando o tratamento das águas residuais dos navios que entravam no estuário do Rio Sado, assim como ou a construção da ETAR da Autoeuropa, e a estratégia concretizada com os suinicultores no concelho do Montijo, a dinamização de politicas de promoção da educação ambiental, ou, a inovação em parceria com Universidades.
Neste contexto salientou o contributo dos trabalhadores da SIMARSUL dos quadros da empresa, que colocam o seu conhecimento e convicções ao serviço da região, colaborando com os municípios e agentes económicos, estabelecendo parcerias de confiança.
Estratégia de promoção de parcerias
Após a sessão de abertura, seguiu-se a Mesa Redonda, moderada por António Ventura, da AdP Internacional, ex- presidente do Conselho de Administração da SIMARSUL, que recordou ter sido a estratégia de promoção de parcerias uma marca da gestão do ambiente dinamizada pela empresa ao longo dos seus 20 anos.
No decorrer da Mesa Redonda foram apresentados exemplos diversos exemplo de como as parcerias contribuem para valorizar os recursos das empresas, preservar o ambiente e desenvolver a economia.
João Faim, da Câmara Municipal de Palmela, sublinhou a preocupação da autarquia de enfrentar os desafios de evitar que existam descargas indevidas, sublinhou as boas relações com a SIMARSUL, e deu o exemplo do caso de sucesso com a empresa Ermelinda de Freitas.
Rui Sequeira, da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, referiu que mais que implementar medidas coercivas, é essencial que exista colaboração com os agentes económicos, porque se o agente económico não tiver a bondade de colaborar não se resolvem os problemas.
“O importante é que estejam disponíveis para resolver os problemas”, disse.
Leonor de Freitas, Presidente do Conselho de Administração da Casa Ermelinda de Freitas, recordou que a empresa assumiu desde a primeira hora que era necessário resolver o problema ambiental fruto da sua actividade, e, recordou que as parcerias com a SIMARSUL, com a Câmara Municipal de Palmela, com a APA, foram fundamentais, contribuindo para gerar poupanças de água e económica, para a formação dos colaboradores.
Um exemplo para daqui a 20 anos
Susana Coito, Directora- Geral da empresa RAPORAL, recordou que a empresa nasceu num tempo em que não existiam as exigências dos tempos de hoje, e, depois de ter adquirido licença ambiental em 2007, quando da renovação em 2014, perante novos desafios, foi em parceria com a APA, SIMARSUL e Câmara Municipal de Montijo, que desenvolveu a nova estratégia que vai conduzir à inauguração, dentro de um mês, de uma nova ETAR, que, disse, “queremos que fique como um exemplo para daqui a 20 anos”.
Empresas carecem de apoios
Ana Cruz, da SGL Composites – antiga FISIPE – recordou que a empresa manteve uma descaraga autorizada para o Rio Tejo, que perante nova legislação, a situação alterou-se, com intervenções coercivas pela APA.
Referiu que o diálogo com a SIMARSUL foi um excelente contributo para resolver os problemas das descargas, melhorando a situação dos efluentes da empresa.
Na sua intervenção, alertou para o facto de as empresas industriais carecerem de apoios para fazer face aos desafios do futuro, porque noutros pontos do mundo não estão sujeitas às mesmas exigências.
Tsunami legislativo e regulatório oriundo da Europa
Nuno Maia, Director – Geral da AISET – Associação da Indústria da Península de Setúbal, sublinhou o facto de na sessão terem sido referenciados três exemplos de boas prática ambientais, de três empresas membros da AISET, o que demonstra que é possível compatibilizar a actividade industrial, com ambiente, com turismo.
Na sua intervenção alertou para a realidade de existir um “tsunami” legislativo e regulatório oriundo da Europa para o qual as empresas têm que ser auxiliadas.
20 anos a tratar do futuro
A encerrar a sessão Francisco Narciso, Presidente do Conselho de Administração da SIMARSUL, salientou a importância do diálogo, das parcerias com os municípios e agentes económicos, assim como o papel dos trabalhadores da SIMARSUL, que ao longo destes 20 anos apostaram sempre em estar juntos, com a região, a tratar do futuro.
27.09.2024 - 10:28
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