reportagem
«Resistência e de luto da família ferroviária» no Barreiro
Roubos sucessivos aos trabalhadores «nem o Salazar foi tão longe»
Foram algumas centenas de trabalhadores ferroviarios, Reformados e famílias que marcaram presença na concentração realizada no Barreiro, uma jornada de luta integrada na acção realizada em diversos pontos do país de “LUTO FERROVIÁRIO.
Rui Martins, do Sindicato dos Maquinistas, criticou as politicas do Governo que fazem roubos sucessivos aos trabalhadores – “nem o Salazar foi tão longe” – sublinhou a propósito do ataque às concessões – “que é aquilo que os ferroviários têm de mais sagrado”.
As organizações dos Trabalhadores, com a participação da maioria dos sindicatos e Cts do sector ferroviário, realizaram hoje, em diversos pontos do país, uma acção de “RESISTÊNCIA E LUTO DA FAMÍLIA FERROVIÁRIA”.
No Barreiro a concentração teve lugar na Estação Ferroviária do Barreiro, onde foi distribuído a todos os participantes e população um autocolante de “LUTO FERROVIÁRIO” e distribuídos documentos.
No local estiveram presentes representantes do Partido Ecologista «Os Verdes», o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto e vereadores, o Presidente da Junta de Freguesia do Pinhal Novo, que expressaram solidariedade aos trabalhadores ferroviários.
Após as intervenções os manifestantes decidiram efectuar a ocupação simbólica da Linha do Sado, impedindo a saída do comboio das 17h25.
Resistência é a palavra chave
José Encarnação, da Comissão de Trabalhadores da CP, sublinhou que este é “um dia de luto” em protesto contra as politicas de “cancelamento da ferrovia em Portugal”, politicas de “destruição do serviço ferroviário público”, de luto em defesa dos direitos dos utentes ferroviários.
Recordou que o Governo tem apostado no encerramento dos serviços e está a contribuir para que existam em Portugal – “piores condições de oferta de transportes”.
José Encarnação salientou que, no momento actual – “resistência é a palavra chave” pelas defesa dos serviços públicos e dos direitos dos trabalhadores, alguns conquistados antes do 25 de Abril e que agora são retirados.
Querem retira direito com mais de 100 anos
Frederico Tavares, da Inter-Reformados,afirmou que este é um tempo de “resistência e luta”, recordando outras lutas do passado travadas pelos trabalhadores ferroviários, nomeadamente a luta das «braçadeiras pretas» nos ano 70.
Frederico Tavares salientou que o Governo “rouba os trabalhadores e reformados” e agora “quer roubas as concessões”um direito dos trabalhadores ferroviários “com mais de 100 anos.
Refira-se que, trata-se do direito dos trabalhadores ferroviários terem acesso gratuito a viagens.
Sublinhou que para impedir esta decisão do Governo é importante que se desenvolva a “luta na rua” e também “no plano jurídico”, estando em curso a apresentação de um providência cautelar, que, refira-se os custos serão suportados pelo contributo voluntário de todos os ferroviários.
Este Governo é um perigo
“Este Governo é um perigo”faz “terrorismo de Estado” – sublinhou Frederico Tavares, reforçando a necessidade de ser constituído um Governo de Esquerda.
Apelou à mobilização para a Manifestação Nacional agendada para o dia 9 de Março, em Lisboa, e no próximo dia 16 de Fevereiro, em Setúbal.
Nem o Salazar foi tão longe
Rui Martins, do Sindicato dos Maquinistas, criticou as politicas do Governo que fazem roubos sucessivos aos trabalhadores – “nem o Salazar foi tão longe” – sublinhou a propósito do ataque às concessões – “que é aquilo que os ferroviários têm de mais sagrado”.
“É preciso fazer tudo sindicalmente e juridicamente para combater estas politicas” – referiu Rui Martins.
Não podemos deixar de estar unidos.
O dirigente Fulgêncio, do Sindicato nacional dos Ferroviários, salientou que “é muito importante estarmos todos juntos nisto”, recordando que há situações de diferenças na história, mas, nos dias de hoje, perante os ataques aos direitos dos trabalhadores – “não podemos deixar de estar unidos”.
Contra as actuais medidas de redução e congelamento dos salários e pensões
Recorde-se que esta iniciativa realizada no Barreiro, de acordo com comunicado distribuído – “insere-se na luta contra as actuais medidas de redução e congelamento dos salários e pensões desde 2010; a redução do pagamento do valor do trabalho extraordinário, trabalho em dia de descanso semanal e dia feriado; o congelamento das progressões profissionais o que no total significa já uma redução salarial equivalente no mínimo a 3 salários mensais num ano, violando assim as expectativas dos trabalhadores e os Acordos de Empresa livremente assinados entre empresas e estruturas sindicais.
Governo quer destruir todos os direitos contratuais
“E num quadro de preparação das empresas do sector ferroviário para processos de privatização, o governo quer destruir todos os direitos contratuais, em particular o direito ao transporte ferroviário de trabalhadores e familiares, existente há mais de 100 anos e que se insere nas diversas componentes de remuneração do trabalho, fruto de processos negociais decorrentes do direito constitucional à negociação colectiva nas empresas.” – é referido.
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BREVES REGISTOS
15.2.2013 - 0:55
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