moldura

BARREIRO - RUMO participa no Congresso Internacional da Inclusão Socio Profissional
“Do sonho à realidade” - Formação, Inclusão e Emprego Apoiado

BARREIRO - RUMO participa no Congresso Internacional da Inclusão Socio Profissional<br />
“Do sonho à realidade” - Formação, Inclusão e Emprego Apoiado<br />
Rui Grilo, director da RUMO, marcou presença no Congresso Internacional da Inclusão Socio Profissional, um evento de grande relevância ao nível da empregabilidade de pessoas com deficiência e incapacidade. Divulgamos as ideias centrais da Intervenção de Rui Grilo, no referido Congresso.

“Do sonho à realidade”
Formação, Inclusão e Emprego Apoiado
(Parti)cipação da RUMO no Congresso Internacional da Inclusão Socio Profissional organizado pela FORMEM)

“Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança
como bola colorida entre as mãos de uma criança”. António Gedeão

E O SONHO DÁ OS SEUS PRINCIPAIS PASSOS...

As pessoas em risco de exclusão social e/ou com algum tipo de incapacidade, sonham na concretização de objetivos para as suas vidas, principalmente com uma integração no mercado normal de trabalho.
Ora, para que estes sonhos sejam concretizados, as pessoas em situação de vulnerabilidade necessitam de fazer um caminho e um percurso, por forma a aumentarem as suas competências técnicas e psicossociais.

Assim, em muitos casos o inicio deste percurso passa pela integração em cursos de formação profissional, adaptados à condição de desvantagem e no âmbito da Medida de Qualificação para Pessoas com Deficiência e/ou Incapacidade - RUMO

Neste contexto a metodologia de emprego apoiado privilegia a formação em contexto de trabalho (empresa) uma vez que esta permite não só a aquisição de conhecimentos técnicos mas também a aquisição de competências profissionais necessárias para o exercício de uma determinada atividade profissional.

A FORMAÇÃO PRÁTICA EM CONTEXTO DE TRABALHO, traduz-se como a solução natural e decisiva para a inserção profissional, pois tem a vantagem de possibilitar o contacto com o meio laboral, proporcionando as aprendizagens (saber-fazer); mas também a aprendizagem gradual de
comportamentos, regras e relacionamentos interpessoais (saber-estar).

Desta forma, torna-se relevante preparar o PROCESSO DE FORMAÇÃO/INSERÇÃO EM EMPRESA, destacando o papel relevante dos intervenientes:

a) O posto de trabalho e a empresa - características;

b) O formando os interesses, competências e necessidades de formação de um candidato, em relação aquele posto de trabalho em concreto;

c) O tutor da empresa deverá possuir um conjunto de conhecimentos sobre oposto de trabalho e sobre a cultura organizacional da empresa;

d) O técnico de emprego apoiado dispõe de um conhecimento sobre as potencialidades, competências e interesses do candidato.

Igualmente neste processo, será importante desenvolver a ANÁLISE DO POSTO DE TRABALHO, na medida em que permite identificar as necessidades deformação de uma pessoa mediante a análise das tarefas que terá a seu cargo,as circunstâncias em que serão realizadas e as competências requeridas para desempenhar as referidas tarefas.

Na caracterização e análise de um posto de trabalho são consideradas três áreas essenciais:

•A descrição do posto de trabalho;
•A análise dos requisitos da função;
•A caracterização da cultura organizacional e condições envolventes.

Na análise do posto de trabalho pretende-se identificar os seguintes aspetos:

• As tarefas e/ou produtos a desenvolver:
• O objetivo principal da função e os objetivos específicos de cada tarefa;
• Os métodos e as técnicas utilizados e os requisitos de qualidade esperados;
• Os materiais, equipamentos e ferramentas utilizados para a execução das atividades;
• A posição e as relações funcionais na estrutura da empresa.

Destaca-se igualmente a importância do ACOLHIMENTO NA EMPRESA DO FORMANDO.

No acolhimento o papel do TUTOR é deveras relevante, uma vez tem a responsabilidade de
transmitir a informação referente à missão, à história, cultura e estratégia organizacional da empresa, bem como sobre os direitos e deveres da organização e dos seus trabalhadores
No posto de trabalho deve ser prestada informação acerca das atividades a realizar, dos objetivos e conteúdos da formação, bem como uma apresentação do formando aos colegas de trabalho e responsáveis hierárquicos mais diretos.

INTEGRAÇÃO NA EQUIPA DE TRABALHO
As condições de aprendizagem no contexto real de trabalho são potenciadas através das equipas que geram e consolidam um elevado nível de aquisição formativa, permitindo a vivência de situações de trabalho, intensificando capacidades técnicas e relacionais.
Esta dimensão social da formação permite o desenvolvimento de capacidades de cooperação e de adaptação mútua entre o formando e os colegas de trabalho.

Cabe ao tutor, através do papel que desempenha na equipa,desenvolver uma estratégia relacional positiva e ser uma referência em todo o processo de inclusão sócio profissional. Em todo o momento, o tutor deverá promover a cooperação e a coesão da equipa, valorizando e conjugando as diferentes capacidades e talentos individuais e assegurando a participação e contribuição de todos na prossecução dos objetivos e metas profissionais.

Neste aspeto, necessita-se de abordar as questões ligadas ao COMBATE AO ESTIGMA.
Deve ser combatida toda e qualquer descriminação no seio do grupo em termos de género, étnicos, religiosos ou outros, porque estas implicam barreiras à integração/participação no grupo. Os estereótipos e preconceitos podem ser inibidores de uma verdadeira interação e podem levar a comportamentos discriminatórios em relação a pessoas consideradas diferentes.

Mas o que é o EMPREGO APOIADO?

Metodologia de suporte à inserção profissional (escolha, obtenção e manutenção) no mercado
aberto e competitivo de trabalho, através de planos de suporte individualizados, para pessoas em situação de desvantagem.

Na realidade, não se pode falar em INCLUSÃO sem fazermos referencia aos valores e princípios do emprego apoiado. Assim destaca-se o seguinte:

• Emprego Competitivo (APEA)
O Emprego Apoiado promove o acesso ao mercado competitivo de trabalho, ou seja, às empresas comuns da comunidade. Todas as pessoas têm o direito de contribuir para a sua comunidade, aceder aos contextos profissionais e sociais que estão disponíveis para os outros cidadãos e usufruir dos mesmos recursos e benefícios.

• Universalidade (APEA)
Todas as pessoas, independentemente de questões culturais, étnicas, económicas, de deficiência ou doença mental devem ter a oportunidade de aceder ao emprego competitivo.

• Job Matching (APEA)
No incremento da empregabilidade é decisiva a procura de uma boa compatibilidade entre as necessidades das empresas e de um determinado posto de trabalho, com as competências de cada candidato/a.
Um bom job-matching é um processo que facilita encontrar a pessoa certa para o lugar certo, combate a discriminação e promove a inserção com base nas competências.

• Inclusão Social (APEA)
As relações desenvolvidas no local de trabalho são vitais para a inclusão comunitária e para a satisfação pessoal. Os indivíduos ao ocuparem um posto de trabalho numa empresa da comunidade, trabalhando lado a lado com outras pessoas e colaborando na realização de tarefas profissionais comuns, têm a oportunidade de demonstrar as suas capacidades de trabalho e de desenvolver relações de camaradagem e amizade que contribuem para desmistificar os preconceitos e estereótipos que sobre eles recaem.

• Oportunidades de escolha (APEA)
As pessoas não só devem ter um emprego competitivo, como esse deve ser o emprego da sua escolha, tendo em conta as suas potencial idades, interesses, aspirações e talentos. Contudo, muitas pessoas em situação de desvantagem nunca tiveram a oportunidade de escolher ou de desenvolver competências de tomada de decisões.

• Empowerment - autodeterminação (APEA)
Este programa é desenvolvido numa perspetiva de empowerment, valorizando as experiências anteriores, as necessidades e aspirações individuais e promovendo o envolvimento e a participação das pessoas na definição e implementação do seu próprio projeto de emprego (autodeterminação).

• Igualdade de género e de oportunidades (APEA)
Os serviços de Emprego Apoiado devem promover a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, no sentido de permitir que ambos acedam plenamente, e em condições de igualdade, à participação na vida profissional.

• Suportes individualizados e flexíveis (APEA)
Uma componente essencial destes programas é a existência de um sistema de apoio continuado e flexível que possibilite o sucesso e a”manutenção do emprego. Tendo em conta que o processo de integração profissional é individual, o apoio deverá ser personalizado e focalizado nos objetivos, interesses e necessidades de cada um dos participantes.

E A REALIDADE...

Chega o momento da integração sócio profissional, momento esse que dá corpo ao Sonho e que se torna realidade.

Para que tal aconteça, destacam-se alguns projetos que têm um papel preponderante na inclusão profissional em mercado normal de trabalho. Assim:

CENTRO DE RECURSOS - RUMO

O Centro de Recursos da RUMO é uma estrutura credenciada pelo IEFP, servindo de suporte e de apoio aos Serviços de Emprego, com intervenção especializada no domínio da reabilitação profissional.

Apoios facilitadores da integração, manutenção e reintegração dos seus destinatários/as no mercado de trabalho:

1. Informação, avaliação e orientação para a qualificação e o emprego(produtos de apoio; avaliação da capacidade de trabalho)
2. Apoio à Colocação
3.Acompanhamento Pós Colocação

INCORPORA - RUMO

Pretende prestar um serviço de intermediação e de recrutamento às empresas, personalizado, assente num rigoroso processo de seleção interno dos/as candidatos/as em risco ou situação de exclusão social mais adequados/as às ofertas de trabalho e de um acompanhamento em todas as fases do processo de inserção, em especial após o/a nossa candidato/a te rsido selecionado/a e ter integrado as equipas da empresa.

REINCORPORA - RUMO

O projeto tem como objetivo fundamental a reintegração socio laboral das pessoas privadas de liberdade que se encontram na fase final da sua pena, no Estabelecimento Prisional de Setúbal. A integração social e laboral será feita através do desenvolvimento de itinerários personalizados, sendo a formação e a intermediação dois dos principais recursos do itinerário, como uma resposta ao enorme desafio destes candidatos a emprego.

“Se podemos sonhar, também podemos tornar os nossos sonhos realidade.” Tom Fitzgerald
Com os meus cumprimentos,

UM BEM HAJA,
Rui Grilo

28.11.2023 - 18:46

Imprimir   imprimir

PUB.

Pesquisar outras notícias no Google

Design: Rostos Design

Fotografia e Textos: Jornal Rostos.

Copyright © 2002-2024 Todos os direitos reservados.