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Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais
Carta Aberta ao Ministro da Educação, Ciência e Inovação
. Primeiro-Ministro e Sindicatos da Função Pública

A FERSAP defende uma educação de qualidade, inclusiva, que prepare os jovens para os desafios do futuro. Para que tal seja alcançado, é fundamental que toda a comunidade educativa — professores, técnicos, auxiliares, alunos, pais, autarquias, sindicatos e Governo — trabalhe em plena sintonia na construção de uma melhor Escola Pública que garanta o sucesso educativo de todas as crianças e jovens, em suma, a preparação das gerações que são o futuro do nosso País.

Carta Aberta ao Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Primeiro-Ministro e Sindicatos da Função Pública

Exmos. Senhores,
• Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Dr. Fernando Alexandre;
• Primeiro-Ministro, Dr. Luís Montenegro;
• Dirigentes dos Sindicatos da Função Pública, Local e Central, e Educação (professores, assistentes operacionais, técnicos e auxiliares educativos).

A Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais (FERSAP), reunida em sessão ordinária dos seus órgãos sociais, manifesta profunda preocupação com as perturbações que afetam o normal funcionamento das escolas no início deste ano letivo.

Hoje, dia 27 de setembro, assiste-se a mais um dia de greve por parte dos assistentes operacionais, no seguimento da de dia 20 e inserida num ciclo de quatro dias, que se prolongará incluindo ainda os dias 4 e 9 de outubro. Estas paralisações têm gerado e continuarão a gerar sérios constrangimentos ao funcionamento de várias escolas no nosso distrito, em alguns casos levando mesmo ao encerramento total dos estabelecimentos de ensino, impedindo milhares de alunos de assistirem às aulas, com repercussões nas aprendizagens a médio e longo prazo. Esta realidade é particularmente preocupante para os alunos dos 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário, com especial destaque para os cursos profissionais, onde as horas de ensino obrigatórias são fundamentais e necessitam de ser compensadas.

A FERSAP, ao defender o direito à greve e a liberdade de manifestação, respeitando as razões que a sustentam, não pode ignorar o impacto negativo significativo que esta situação configura.

Face ao exposto, as greves realizadas ao mesmo dia da semana, afetam de forma desproporcional o progresso dos alunos em determinadas disciplinas, podendo comprometer o rendimento em disciplinas sujeitas a exame nacional ou prova de aferição.

Estamos ainda lidar com as consequências de uma pandemia que interrompeu o ensino presencial por longos períodos, cujas sequelas ainda hoje se fazem sentir. No ano letivo anterior, enfrentámos uma falta de professores e greves recorrentes, situação que no início deste novo ano promete repetir-se.

Perante este cenário, a FERSAP, na defesa do superior interesse dos alunos, apela ao Governo e aos sindicatos para que, respeitando as legítimas reivindicações dos trabalhadores, todas as partes envolvidas demonstrem uma genuína disponibilidade para um diálogo sério e construtivo, que resulte numa solução com caráter definitivo que demonstre que o Governo valoriza a carreira profissional destes trabalhadores. É imperativo encontrar pontes de entendimento que permitam a superação deste impasse, em benefício dos nossos alunos.

A FERSAP defende uma educação de qualidade, inclusiva, que prepare os jovens para os desafios do futuro. Para que tal seja alcançado, é fundamental que toda a comunidade educativa — professores, técnicos, auxiliares, alunos, pais, autarquias, sindicatos e Governo — trabalhe em plena sintonia na construção de uma melhor Escola Pública que garanta o sucesso educativo de todas as crianças e jovens, em suma, a preparação das gerações que são o futuro do nosso País.

Atenciosamente,
Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais (FERSAP), 2024, setembro,27

30.09.2024 - 22:51

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