moldura

Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não
Novo Aeroporto de Lisboa - Governo confirma o óbvio e deixa antever novas benesses à VINCI

"O Governo veio anunciar que concorda em entregar à concessionária, ANA/VINCI, a construção do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete. Trata-se de uma “decisão” óbvia e que decorre das obrigações da Concessionária face ao Contrato de Concessão.", afirma em comunicado a Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não.

"O anúncio, à luz do que se conhece, peca por tardia e pretende fazer parecer que se trata de uma decisão transcendente.
É amplamente conhecido que a VINCI nunca se dispôs a construir o NAL segundo o estabelecido, ainda que com alçapões, no Contrato assinado em 2012.
O país andou 13 anos à espera de que se concretizasse uma das principais obrigações da Concessionária e o principal motivo até para a entrega de todos os aeroportos portugueses a uma multinacional pelo prazo de 50 anos.", acrescenta a Plataforma, na sua nota de imprensa.

50 anos mais uma avultadíssima benesse de mais umas dezenas de milhões de euros

"Ao tentar fazer crer que a VINCI nos está a fazer uma espécie de favor, o Governo encontra aí a suposta justificação para dar, de brinde, aos Franceses donos da ANA Aeroportos, mais 25 anos de concessão que irão juntar largos milhares de milhões de euros aos já adquiridos com os iniciais 50 anos. Ou seja, a VINCI vai juntar aos quase 30 mil milhões de euros de lucros que irá acumular em 50 anos, mais uma avultadíssima benesse de mais umas dezenas de milhões de euros porquanto o Governo deixa antever que poderá vir a aceitar novos e maiores aumentos das taxas aeroportuárias.", sublinha

Portugal não se deve “render” aos exclusivos interesses da multinacional

"Portugal é, no contexto Europeu e não apenas no seio da EU, um caso raro onde a totalidade dos aeroportos é gerida por uma empresa privada que, à data do início da Concessão não detinha mais do que 8 aeroportos, 2 em França e os restantes na região asiática.
O que se espera e reclama é que não se perca mais tempo no lançamento da construção do NAL e que não se permita a dilação, tanto ao gosto da VINCI, dos prazos e dos custos.
Portugal não se deve “render” aos exclusivos interesses da multinacional. Não se queira transformar uma obrigação contratual como se de um favor se tratasse. ", considera a Plataforma Civica.

19.01.2025 - 20:02

  imprimir