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Bispo de Setúbal, Cardeal D. Américo Aguiar
Urgente caminho da construção da paz a nível mundial e em cada comunidade
. Nota Episcopal «A Paz é possível!»

Bispo de Setúbal, Cardeal D. Américo Aguiar <br />
Urgente caminho da construção da paz a nível mundial e em cada comunidade<br />
. Nota Episcopal «A Paz é possível!» . “A guerra é uma derrota da humanidade.” – São João Paulo II

Perante a crescente escalada de violência que aflige o nosso mundo, com os conflitos persistentes entre a Rússia e a Ucrânia, Myanmar, Sudão do Sul, o ciclo devastador de ataques entre Israel e a Palestina, e agora a guerra com o Irão, e tantos outros conflitos, sentimo-nos impelidos a levantar a voz – como pastores, como cristãos e como irmãos na única família humana – para clamar pela Paz.

Como bem disse o Papa Francisco, “estamos a viver uma terceira guerra mundial em pedaços”. A dor dos povos dilacerados pela guerra, a angústia dos refugiados, o luto de famílias inteiras, o medo que se espalha nas nações… tudo isso nos interroga profundamente e exige de nós uma resposta clara, humilde e firme: a guerra não é nunca a solução. Ela é sempre uma derrota – como lembrava insistentemente São João Paulo II – e o caminho da paz, mesmo que mais exigente e demorado, é o único verdadeiramente digno do ser humano.

Não podemos habituar-nos à guerra como se fosse inevitável. A indiferença mata. Por isso, unimo-nos aos muitos apelos do Santo Padre Leão XIV: “Ninguém jamais deve ameaçar a existência de outro. É dever de todos os países apoiar a causa da paz, abrindo caminhos de reconciliação e promovendo soluções que garantam segurança e dignidade para todos” (Audiência Jubilar, 14 de junho de 2025), e de tantos homens e mulheres de boa vontade que, de todas as religiões e culturas, suplicam: chega de guerra!

Pedimos a todas as comunidades cristãs da nossa Diocese que intensifiquem a oração pela paz.

Encorajamos ainda a educação para a paz nas famílias, nas escolas, nas paróquias e movimentos: uma cultura da paz que comece nos corações, cresça nas palavras e se concretize nas escolhas de cada dia.

Que os responsáveis políticos ouçam o clamor dos povos e optem pela diplomacia, pelo diálogo e pelo desarmamento. Que os crentes, particularmente os cristãos, sejam artesãos da paz – com coragem, com humildade e com esperança.

Como Igreja, queremos ser sinal de reconciliação num mundo ferido. Com São João Paulo II, repetimos: “Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra!”

Vaticano, 14 de junho de 2025
✠ Cardeal Américo Aguiar
Bispo de Setúbal

14.06.2025 - 17:40

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